Ações para recuperar mercado da carne avançam mas batalha continua, diz secretário

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  • 31/março/2017 6:00 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) – O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destacou nesta sexta-feira (31) a importância da visita - realizada ontem -  do ministro da Agricultura, Blairo Maggi a Mato Grosso do Sul.

“Tivemos agendas muito relevantes com o ministro e ele reforçou os avanços já conquistados pelo governo federal para reerguer o mercado pecuário brasileiro após os efeitos da operação Carne Fraca. Em questão de duas semanas foram tomadas ações efetivas importantes, mas ainda temos muito a fazer no que diz respeito à recuperação da imagem da carne brasileira no mercado interno e externo. Essa credibilidade leva tempo para ser reconquistada, continuamos numa grande batalha, que envolve agora outros fatores internos”, comentou.

Para atestar a qualidade do alimento produzida em Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja e o ministro Blairo Maggi almoçaram em uma churrascaria de Campo Grande. “A proposta da degustação da carne sul-mato-grossense foi a de estimular a população a manter o hábito de consumo desse produto. Uma ação como essa contribui para a recuperação da credibilidade no mercado interno”, avalia Jaime Verruck.

Novidades positivas

O secretário apontou como inovadora e de grande importância a inauguração do laboratório multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec), da Embrapa Gado de Corte, feita durante a visita do ministro da Agricultura. “É um laboratório de ponta, voltado para a pesquisa, desenvolvimento e inovação de agentes que possam por em risco a saúde dos rebanhos bovino, suíno e de aves, além da saúde pública nacional. É um instrumento inovador que agrega conhecimento à cadeia produtiva da carne”, afirmou.

Na reunião realizada com o ministro, o governador, representantes dos produtores rurais e setor produtivo, a diretoria do Banco do Brasil , representada por Tarcísio Hübner, vice-presidente de Agronegócios, Gláucio Zanettin Fernandes, superintendente estadual e Marco Túlio Moraes da Costa, diretor de Agronegócios, anunciaram o atendimento a uma demanda feita pela Famasul, em nome dos pecuaristas que, devido à suspensão dos abates nos frigoríficos, não conseguiram comercializar seus bois.

“Eles haviam solicitado que houvesse uma prorrogação dos financiamentos junto ao Banco do Brasil e o pedido foi concedido. As parcelas de custeio e investimento com vencimento em março e abril tiveram a cobrança postergada por 30 dias ou serão colocadas no final do contrato como parcela adicional. Isso é positivo pois beneficia o fluxo de caixa do produtor”, informou o secretário.

Além dessa medida, o banco liberou crédito no valor de R$ 1 bilhão em Letras de Câmbio do Agronegócio (LCA) para o financiamento de capital de giro de curto prazo, custeio pecuário e agrícola e retenção de matrizes. “Se eu tenho boi para vender, eu pego o capital de giro para fazer a retenção dessa matriz e aguardo o melhor momento para comercializar. É mais uma ação do governo federal para minimizar os impactos no setor”, diz Jaime Verruck.

Desafios no cenário nacional

Além da recuperação de mercado externo e da credibilidade da imagem da carne brasileira, outros desafios estão surgindo. Um dos temas tratados pelo ministro em sua passagem por Campo Grande foi a decisão do governo do estado de São Paulo, que promoveu uma alteração tributária na cobrança de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em algumas operações envolvendo a carne industrializada. “É uma condição desfavorável para a indústria, pois isso impacta diretamente no custo da carne no maior mercado consumidor interno do país”, comenta o secretário.

Outro impacto significativo é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou constitucional a cobrança do Funrural sobre as atividades rurais. “Essa é uma preocupação grande dos produtores pois vai gerar um custo adicional e diversos produtos, inclusive a carne. Mas não há muito o que fazer”, finalizou o titular da Semagro.

Marcelo Armoa - Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)

Fotos: Chico Ribeiro  

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