Projeto Rede Solidária coleciona histórias de superação, oportunidades e recomeços

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  • 05/novembro/2016 7:30 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Projeto assistencial comemora as transformações realizadas na comunidade do bairro Dom Antônio Barbosa após um ano de implantação

Campo Grande (MS) – A história de Caline é de superação, do tipo de gente que encontra na adversidade a oportunidade de um novo recomeço. Com 29 anos de idade e graduada em estética, ela faz bolos de festas para complementar a renda familiar. “É uma paixão que nem eu sabia que tinha”, conta. O gosto pela confeitaria surgiu durante cursos oferecidos pelo Rede Solidária – projeto assistencial do Governo do Estado oferecido a famílias carentes no bairro Dom Antônio Barbosa que completou um ano de implantação.

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Caline superou dificuldades e hoje vende bolos confeitados. Foto: Chico Ribeiro

“Nunca me imaginei fazendo bolo confeitado. Isso porque eu não sabia fazer nem aquele bolo de pacote, que vende em supermercado”, lembra. Com sorriso no rosto e a alegria de quem recorda momentos difíceis já superados, a jovem descreve o momento em que a necessidade de se reinventar bateu a porta. “Fui demitida do meu emprego e sem saber o que fazer procurei na internet como fazer bolo de pote para vender”, conta.

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Produtos feitos pela boleira. Foto: Facebook

Na época, Caline cursava o último semestre da faculdade e a renda obtida com os bolos de pote foi toda revertida para concluir o ensino superior. Mesmo depois de formada, ela continuou se dedicado à cozinha. “Procurei o Rede Solidária e fiz vários cursos, de salgados, confeitaria, costura e administrativo. Acabei me identificando mais com o ramo dos bolos confeitados, mas sei que tudo que eu aprendi fica para conhecimento”, revela.

Com o Rede Solidária, Caline conseguiu se aperfeiçoar na confeitaria. Com certificado em mãos e depois de se formar no curso gratuito, ela viu os sonhos se expandirem. “Abri uma página no Facebook para divulgar meus bolos e me cadastrei no MEI (Microempreendedor Individual). Hoje meu maior sonho é poder ter meu próprio negócio, abrir uma porta aqui em casa e vender meus bolos”, revela.

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Bolos de Caline são encomendados pela internet. Foto: Facebook

Atualmente, a renda obtida pela jovem varia de R$ 300 a R$ 700, de acordo com a quantidade de encomendas mensais.

“É um complemento, porque aqui em casa só meu marido trabalha formalmente”, afirma. “Mas é o que me ajuda e sei que grande parte disso é por causa do Rede Solidária, que é muito bom e feito por pessoas atenciosas”, garante.

Rede Solidária

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Sede do Rede Solidária no bairro Dom Antônio Barbosa. Foto: Chico Ribeiro

O programa que trabalha com a garantia de direitos sociais de adultos e crianças foi lançado pelo Governo do Estado em 13 de novembro de 2015 e já contabiliza mais de 29 mil atendimentos no bairro Dom Antônio Barbosa, local onde foi instalada a unidade. No local adultos têm acesso a cursos de qualificação como panificação, confeitaria, costura, informática, manicure e cabeleireiro, entre outros; já crianças e jovens podem fazer atividades culturais e de lazer no contraturno escolar, como badminton (jogo de raquete e peteca), ballet, biblioteca, capoeira, dança, vôlei, futebol, musicalização e teatro.

O atendimento do Rede Solidária foi pensado prioritariamente para pessoas beneficiárias do Vale Renda, outro programa assistencial do Governo do Estado, explica a titular da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Elisa Nobre. Mas as portas estão abertas para toda a comunidade, de forma gratuita. "Em breve inauguraremos a segunda unidade do Rede Solidária no bairro Noroeste. Essa unidade está pronta e atenderá centenas de pessoas", revela.

Mas mesmo antes de expandir o atendimento, o projeto também deu novas perspectivas de vida para pessoas como o Silvio Pereira, de 41 anos. Depois de passar por cursos de qualificação gratuitos oferecidos pelo Rede, em parcerias com outras instituições, ele aprimorou o conhecimento que já tinha sobre panificação e passou a fazer pães doces e salgados para vender.

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Orgulhoso, Silvio exibe certificado do curso de panificação. Foto: Chico Ribeiro

“Hoje estou desempregado mas faço meus pães e vendo de casa em casa, aqui no bairro mesmo”, conta o padeiro, que lucra até R$ 100 por fornada produzida. A venda dos produtos é para complementar a renda familiar. “É um dinheiro que ajuda comprar algo essencial para a casa, como comida, ou pagar uma conta de água ou de luz”, exemplifica Silvio.

Todo o aprendizado obtido com os cursos também é revertido para as pessoas atendidas pelo Rede. Isso porque além de ele fazer pães para vender, faz para alimentar os mais de 460 alunos do projeto. “Sou voluntário aqui e sempre que a diretora chama eu venho  para fazer o lanche das crianças”, afirma.

Atencioso e explicativo, Silvio revela passo a passo da receita do pão caseiro. “É o preferido deles”, diz sobre o gosto dos alunos. Mesmo com a realização de poder devolver à comunidade algo que aprendeu ali mesmo, no bairro, Silvio procura uma oportunidade de emprego formal. “É meu maior sonho, poder trabalhar com carteira assinada”.

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Padeiro mostra o que será lanche das crianças e fala que maior sonho é emprego de carteira assinada. Foto: Chico Ribeiro

Mais informações sobre o Rede Solidária, matrículas, atividades e voluntariado podem ser obtidas na Sedhast, que fica no Bloco III do Parque dos Poderes ou pelo telefone (67) 3318-4100.

Bruno Chaves, da Subsecretaria de Comunicação do Governo do Estado | Foto destaque: Chico Ribeiro

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