Levantamento mostra que dos dez melhores hospitais do País, nove são administrados por Organização Social de Saúde
Ponta Porã (MS) – O projeto do Governo do Estado de estruturar a rede pública de saúde nas 11 microrregiões de Mato Grosso do Sul e a adoção de nova gestão, conduzida por Organização Social, já está surtindo resultados. Em Ponta Porã, onde o governador Reinaldo Azambuja fez a entrega nessa sexta-feira de 10 novos leitos de UTI, o reaparelhamento e a adoção do novo modelo de gestão, de parceria público-privada, está refletindo na melhoria do atendimento. Além de aumentar o atendimento, o Hospital Regional customizou a aplicação de recursos, gerando economia para o Estado.
No Hospital Regional de Ponta Porã, onde a Organização Social Gerir está atuando deste agosto de 2016, o número de consultas e atendimentos de urgência passou de cerca de dois mil em agosto, para 4.734 em dezembro, totalizando mais de 21 mil pessoas atendidas neste período.
Os avanços são de 26% a mais na capacidade de atendimento, com o custo menor no que se refere aos gastos da instituição. Anteriormente o Estado destinava cerca de R$ 2,3 milhões mensais para o Hospital Regional de Ponta Porã. Hoje, os custos são de R$ 1,9 milhão.
“Essa entrega de hoje na estrutura do Hospital Regional de Ponta Porã faz parte do planejamento que nós idealizamos desde o início do nosso Governo. O Estado, em quase 40 anos, nunca pensou no atendimento dentro de uma lógica regionalizada, sempre concentrou os atendimentos em Dourados e especialmente em Campo Grande”, disse Reinaldo Azambuja.
Nesta sexta-feira, em Ponta Porã, o governador Reinaldo falou sobre os investimentos que o Governo vem fazendo para implantar a lógica da regionalização da saúde de MS. Após a Caravana da Saúde, que percorreu as 11 microrregiões do Estado com o objetivo de diminuir a fila de anos de espera para atendimento médico-hospitalar, o Governo do Estado passou a atuar na restruturação destes polos. Os municípios de Coxim, Nova Andradina Campo Grande e Dourados são os primeiros polos onde o Governo do Estado está aplicando recursos e aparelhando a rede pública de saúde.
Coxim, por exemplo, recebeu equipamentos para o tratamento da hemodiálise. Antes dessa restruturação, pacientes tinham que percorrer mais de 500 quilômetros três vezes na semana para se tratarem na Capital. Hoje, o tratamento é oferecido no próprio município. Nova Andradina recebeu 10 leitos de UTI.
Em Campo Grande, o Hospital de Câncer Alfredo Abraão recebeu investimentos para a estruturação de dois novos pavimentos e 20 leitos de UTI. Em Dourados, o Governo do Estado deve abrir licitação já neste primeiro semestre para a construção do Hospital Regional, que atenderá pacientes do município e da Grande Dourados. Porém, o Estado locou o Hospital São Luiz para atender a demanda da região.
“A Caravana veio para diminuir uma fila de anos de espera por procedimentos ou cirurgias, mas o que vale para nós é a reestruturação do sistema de saúde de MS. Nós temos em Coxim hoje o Hospital Regional funcionando, no ano passado fizemos 368 cirurgias ortopédicas, demanda que só poderia ser atendida em Campo Grande. Para terem uma ideia, fizemos em Coxim o mesmo número de cirurgias ortopédicas que o Hospital Universitário fez em Campo Grande”, exemplificou Reinaldo.
Os investimentos estão previstos para todo o Estado. O Governo está articulando com as prefeituras o aperfeiçoamento do projeto de regionalização dos serviços de atendimento de saúde. Aquidauana, Jardim, Paranaíba devem integrar os polos de atendimento.
Em Corumbá, a Santa Casa receberá investimentos do Estado para obras e equipamentos e também será uma unidade dos polos regionais de atendimento.
“A lógica de restruturação é essa. Esse é o modelo que os 11 polos regionais vão adotar. Ponta Porã será esse polo para a região da fronteira. Aqui vai ser o local para atender essa amplitude, assim como os demais polos atuarão nas demais regiões do Estado”, completou.
Beatricce Bruno e Bruno Chaves – Subcom.
Foto: Chico Ribeiro.