Campo Grande (MS) - Em entrevista à imprensa, o governador Reinaldo Azambuja explicou, nesta quinta-feira (28), que o Poder Executivo permanece aberto ao diálogo com as diversas categorias de servidores, mas que precisa ter responsabilidade e respeitar o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para os Estados, os limites máximos para gastos com pessoal é de 60% da Receita Corrente Líquida. Mato Grosso do Sul já opera muito próximo desse limite, com gasto de 58,4% com pessoal.
Reinaldo explicou que a única forma de dar um segundo reajuste para os servidores, em um momento de crise, seria aumentando impostos, mas ele descartou essa possibilidade por entender que a população e os empresários já arcam com uma elevada carga tributária. “Um dos pontos é gasto com pessoal. Qual é o teto? 60%. Mato Grosso do Sul já atingiu 58,4%. Então, não temos limite para ampliar os gastos com pessoal neste momento. Para fazer isso precisamos ter aumento de receita. Aumento de receita em um momento de baixo crescimento e recessão só se aumentar impostos e isso é uma tônica que não concordamos, tanto que vamos diminuir tributos, o ICMS do diesel, para ter competitividade”, explicou o chefe do Executivo.
O governador disse também acreditar que a situação poderá ser resolvida no diálogo. “Não vamos deixar de discutir com nenhuma categoria as especificidades, agora tem questões que impõem responsabilidades imensas. A economia brasileira vive uma retração e isso impacta as finanças dos estados, diminui as atividades econômicas e diminui os tributos. Nós administramos Mato Grosso do Sul no 1º trimestre com 10% a menos de receita e com aumento de despesas, realmente muito grandes, principalmente com pessoal”.
Fotos: Chico Ribeiro