Governo cumpre compromisso com pantaneiro e lança edital para implantar 40 km da MS-228

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  • 14/agosto/2017 7:00 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) – O Governo do Estado abrirá mais uma frente de obra de infraestrutura na região do Pantanal, com a implantação de 40 quilômetros da estrada MS-228, entre a Curva do Leque (entroncamento com a MS-184, na Estrada Parque) e a fazenda Nhumirim, base de pesquisas da Embrapa Pantanal, em Corumbá. O investimento (R$ 8,5 milhões) com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul) beneficiará a pecuária e o ecoturismo.

A obra consiste em aterramento, drenagem e cascalhamento do trecho arenoso e precário e também interligará a região pantaneira com o corredor turístico Bonito-Bodoquena-Miranda. O secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, assumiu o compromisso com a classe produtora durante leilão de gado realizado na fazenda Novo Horizonte. O edital da licitação foi publicado no Diário Oficial de MS de 8 de agosto.

Miglioli afirmou que é determinação do governador Reinaldo Azambuja garantir o acesso rodoviário permanente nesta área do Pantanal, que sofre com inundações mais intensas devido ao baixo declive do solo. Hoje os pantaneiros tem dificuldade de chegar as suas propriedades e comercializar o gado em razão dos atoleiros e a transposição de vazantes e corixos em uma estrada sem infraestrutura.

Satisfação do produtor

Além desse trecho de 40 quilômetros a ser executado, o Estado, por meio da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), já iniciou a implantação de outros 19 quilômetros da MS-228, entre a Vazante do Castelo e a Fazenda Conceição, limite dos municípios de Aquidauana e Rio Verde. Também estão sendo implantados 34 quilômetros da MS-423, com grid de até 60 centímetros, descendo a Serra da Alegria (Rio Verde) até a fazenda Morrinho.

Secretário Marcelo Miglioli (ao centro) anunciou a implantação da MS-228 em encontro com produtores pantaneiros.

“Esta obra (da MS-423) está adiantada, com mais de 80% executados, e realmente vai transformar aquela região produtora com uma estrada de qualidade para operar o ano todo, na seca ou na cheia”, destacou o secretário-adjunto de Infraestrutura, Helianey Paulo da Silva. “A Agesul mensura o valor e a importância dessa obra na reação das pessoas que vivem na região. Elas estão muito gratas ao governador.”

Nas atuais condições da MS-228, entre o Leque e a Nhumirim, o gado magro segue a pé por dezenas de quilômetros, até o leilão Novo Horizonte ou para ser embargado em caminhões. Com a estrada a ser implantada, segundo o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Aguilar Leite, esse gado poderá, inclusive, ser engordado e embarcado na própria fazenda, sem perder peso em longas caminhadas, agregando valor à produção local.

Menor custo de transporte

Luciano Leite disse que a implantação das MS-228 e MS-423 dará um grande impulso na pecuária, setor que mais emprega nos municípios pantaneiros. As intervenções do governo na malha viária pantaneira, onde grande parte ainda era de estradas boiadeiras, representam reivindicações antigas da região, em especial de Corumbá, segundo maior rebanho bovino do País, com dois milhões de cabeças.

"A elevação das estradas, hoje no nível das águas, e a colocação de tubulões nas vazantes, vão evitar a interrupção no acesso, o que significa que podemos operar o ano todo, comercializando nosso gado e levando suprimento às fazendas, com menos tempo e custo de manutenção dos veículos”, destacou o dirigente ruralista. “O governador assumiu o compromisso com a gente e está cumprindo.”

Obra da MS-423, praticamente concluída, tira a região nordeste do Pantanal do isolamento: drenagem e cascalhamento.

Um sonho realizado

Os investimentos do Fundersul na região, que somam R$ 17,5 milhões nesta primeira fase, vão capitalizar o criador pantaneiro e incentiva-lo a ampliar e melhorar seu rebanho, avalia o presidente do Sindicato Rural de Corumbá. Quem também está otimista é o produtor rural e leiloeiro Carlos Guarita, da Leiloboi. Ele montou o maior tatersal no Pantanal, na fazenda Novo Horizonte (Nhecolândia), onde comercializa seis mil animais/mês.

“Esse acesso é um sonho antigo do pantaneiro e o investimento em uma obra tão esperada beneficia não apenas a região, mas retorna em mais receita em impostos ao Estado com maior comercialização do gado e mais turista visitando o Pantanal”, atesta Guaritá. Ele destacou ainda a manutenção permanente, pela Agesul, da estrada e pontes da MS-184 (Estrada-Parque), que compreende o entroncamento com a MS-228 e a BR-262.

O leiloeiro disse ainda que o transporte sempre foi fator limitante para a expansão da pecuária local, pelo custo da manutenção do sistema criatório e da fazenda, e hoje, com boas estradas, o pecuarista está investindo mais ao perceber que seu gado valorizou também. “O governo está de parabéns ao atender o pantaneiro, que tanto sofre pelo isolamento, e vejo um futuro promissor para a nossa pecuária e também para o turismo”, pontuou.

Sílvio Andrade - Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Agesul

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