Decreto do boi em pé que reduziu ICMS alavanca comércio de animais em 83% no Mato Grosso do Sul

  • Geral
  • Thereza Christina Amendola da Motta Cance
  • 29/setembro/2017 7:30 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Medida foi tomada pelo Governo de MS para enfrentar instabilidade momentânea no comércio local de gado para abate.

Campo Grande (MS) – A comercialização de gado para abate em Mato Grosso do Sul deu um salto de 83% após a publicação do decreto do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do boi em pé, em comparação com o resto do ano. A medida foi tomada pelo governador Reinaldo Azambuja para auxiliar os produtores rurais em meio à crise financeira que ocasionou o represamento de gado no pasto.

Governador Reinaldo Azambuja comemorou os resultados positivos do decreto.

Publicado em Diário Oficial do Estado, o Decreto nº 14.772, de 28 de junho, normatiza a redução do ICMS para comercialização do boi em pé de 12% para 7%. De acordo com o documento, a diminuição do tributo incide sobre às operações com gados bovino, bufalino, caprino, ovino e suíno, aves e leporídeos e com os produtos resultantes do seu abate.

De janeiro a junho – antes da publicação do decreto – os produtores rurais de Mato Grosso do Sul comercializaram 89346 animais para abate. Já nos meses de julho e agosto a venda de gado para abate atingiu um total de 74089 animais. Isso significa dizer que após o incentivo do Governo do Estado, em apenas dois meses (julho e agosto) as vendas alcançaram 83% de todo o montante comercializado nos meses anteriores.

O presidente do Sistema Famasul, Maurício Saito, diz que iniciativa foi de extrema importância para o setor.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Mauricio Saito, avaliou que a ação do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul comprovou sua importância ao alavancar o aumento na venda de gado em pé em um momento de extrema dificuldade do pecuarista sul-mato-grossense. “Esta iniciativa ajudou a minimizar os impactos da baixa precificação da arroba do boi, além de proporcionar o escoamento de animais prontos de dentro das propriedades”, declarou Saito. 

Conforme o governador Reinaldo Azambuja, a crise que ocasionou o represamento de gado no pasto, estava gerando prejuízos ao produtor que não vendia os animais; ao Estado que não arrecadava tributos; e ao consumidor que não estava tendo a carne que gostaria. O pedido para redução de alíquota partiu dos representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), do Movimento Nacional de Produtores no Estado (MNP/MS), da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e da Frente Nacional da Pecuária de Corte (Fenapec). Também participaram das tratativas deputados estaduais e secretários de governo.

Reunião com representantes realizada em julho, durante anúncio da redução de alíquota.

“Nós sabemos que o Brasil passa por momento difícil e no Governo não é diferente. Entendemos os apelos da categoria e autorizamos a redução do tributo, a princípio, por 90 dias. A alteração da alíquota na operação interestadual do gado vivo, teve como objetivo igualar a tributação e MS aos estados de São Paulo, Mato Grosso, Tocantins e Paraná – que praticam 7% - criando uma equivalência com os estados fornecedores para estimular a saída do boi sul-mato-grossense. Assim, além de dar uma alternativa ao mercado para comercializar o gado represado, evitamos o impacto negativo na arrecadação do imposto proveniente desse setor”, explicou Reinaldo Azambuja.

Com o decreto, a redução de base de cálculo fica condicionada a que a Guia de Trânsito Animal (GTA), expedida pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), indique a finalidade. Assim, as operações interestaduais com gado bovino ou bufalino para abate, destinadas a estabelecimentos abatedores, realizadas no período de 1º de julho a 30 de setembro de 2017, terão a base de cálculo do ICMS reduzida de 41,6667%, de forma que o imposto devido seja equivalente a 7% do valor da operação.

Diana Gaúna  - Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Subcom

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