Agraer repassa técnicas rentáveis aos agricultores familiares na Dinapec

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  • 09/março/2018 11:01 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) – Uma sala de aula a céu aberto é o que se tornou a área de cerca de 2.500 m² ocupadas pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) na 13ª edição da Dinapec – Dinâmica Agropecuária de Baixo Carbono realizada de 7 a 9 de março, na Embrapa Gado de Corte, saída para Corumbá.

Além de garantir um cultivo com nutrientes para as plantas e alimentos colhidos de maior qualidade, a fertirrigação ainda proporciona maior qualidade de vida aos agricultores que ficarão menos tempo expostos ao sol. “Eu não conhecia isso e para quem passa muito tempo mexendo na terra é um ganho porque você passa menos tempo em uma única atividade e evita queimar a moleira”, afirma descontraidamente a agricultora Maria Neuci dos Santos.

Durante o evento técnicos da Agraer apresentaram aos agricultores familiares as vantagens da fertirrigação

Um dos trabalhos que chamam a atenção do público é a horticultura com fertirrigação, um tipo de adubação liquida  que viabiliza a nutrição dos vegetais por meio de uma fita gotejadora. “O fertilizante é diluído na água. É um investimento que se paga em torno de um ano. Uma área de 1.600 m², por exemplo, um agricultor familiar terá um gasto de R$ 6 mil. Aqui, apresentamos o cultivo de abobrinha, pepino e melão, que são culturas de cultivo curto, onde retorno do investimento começará a chegar na segunda safra”, afirma o engenheiro agrônomo da Agraer, José Albirajara Júnior, que está à frente dos canteiros junto com o técnico Arnaldo Santiago Filho.

“O produtor tem que fazer o plantio das sementes, e depois que a planta estiver no tempo de corte  é só gradear a terra e reincorporá-la ao solo. E ainda é possível separar 10% de uma área para produzir e coletar sementes para novas adubações”, observa o engenheiro agrônomo da Agraer, Sidney Kock. A compostagem e adubação verde são outras duas alternativas interessantes repassadas aos visitantes. “Aqui no Estado é uma prática muito pouco utilizada, mas, posso garantir que é a mais barata que existe. Para a reforma de pasto o agricultor familiar só precisa adicionar calcário e fósforo no processo de preparo do solo”, explica o agrônomo da Agraer.

Só nesse procedimento simples é possível uma economia de 80% com reforma de pastagem. “Um trabalho convencional chega a custar mil reais, isso em uma área de um hectare, enquanto que com a adubação verde o custo cai para R$ 200”, informa.

“A gente vive da agricultura familiar. É dela que tiramos o nosso sustento. Para o agricultor familiar é sempre bom ver formas de produzir com o menor gasto possível. Lá, no sítio, eu e meu marido mexemos com gado de leite e resolvemos vir pela primeira vez aqui [Dinapec] para conhecer, aprender”, garante a agricultora Neuza Nascimento, ao lado do companheiro Deumedes.

Dentro da Dinapec ainda é possível conhecer alternativas de alimentação do gado na seca (Agraer/Embrapa), higiene de ordenha (Embrapa), fertirrigação de pastagem (Senar MS), educação sanitária (Iagro), alimentação e manejo de novilhas e bezerras leiteiras (Embrapa), fruticultura – técnicas de enxertia (Agraer) e gestão da propriedade rural (Senar MS).

Dinapec 

Este ano o evento chega a sua 13ª edição e traz como tema “Agropecuária de Baixo Carbono” e, nos 35 hectares da feira, o visitante encontrará tecnologias para uma produção integrada e sustentável, capazes de contribuir com a redução dos gases de efeito estufa (GEE).

Texto: Aline Lira/ Fotos: Néia Maceno – Assessoria de Comunicação da Agraer

 
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