Campo Grande (MS) – O Governo do Estado, órgãos federais e entidades do setor produtivo ligadas à agropecuária sul-mato-grossense deram início às ações de mobilização para barrar a entrada do vírus da Peste Suína Africana (PSA) no Brasil.
Mato Grosso do Sul tem uma faixa extensa de fronteira seca com o Paraguai e Bolívia, por isso é necessário reforçar as medidas de vigilância sanitária nesses locais e disseminar informação sobre a gravidade da doença e as formas de evitar o contágio dos animais.
A PSA é uma doença grave que já atinge a Rússia, Polônia, Bélgica, China e África. O Governo Federal já suspendeu as importações de produtos desses países. Agora, será reforçada a fiscalização e ações preventivas conjuntas da Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal (Iagro) e Superintendência Federal de Agricultura de MS na região de fronteira.
Em Mato Grosso do Sul, existem hoje 365 granjas comerciais, com um rebanho de 1,263 milhão de suínos. As granjas que produzem para a indústria já seguem um protocolo de biossegurança rigoroso, que já deve ser reforçado. Na Agraer, os técnicos vão intensificar a orientação aos produtores de pequenas granjas de suínos. A mobilização é no intuito de chamar a atenção de todos sobre a gravidade do problema.
A população também deve colaborar na prevenção da PSA, evitando o contato com suídeos (javalis) silvestres ou domésticos doentes ou encontrados mortos, antes de qualquer contato com suínos sadios. Deve notificar ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) qualquer caso de doença hemorrágica ou de mortalidade anormal de suídeos silvestres ou domésticos. Os criadores de suínos, sejam comerciais ou não, devem reforçar as práticas e cuidados de biossegurança, e notificar o Serviço Veterinário Oficial sobre eventual ocorrência de mortalidade anormal em suínos com sinais clínicos compatíveis com PSA.
As pessoas que viajam para países onde existem registros da PSA, devem evitar visitar locais de criação de suínos. Se tiverem tido algum contato com esses animais, devem realizar a higienização imediata de calçados e vestimentas usadas, e, pelo período de sete a 15 dias evitar o contato com suínos domésticos.
A peste suína africana é uma doença viral, não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem, mas pode dizimar plantéis de suínos, sendo altamente infecciosa, o que exige o sacrifício dos animais, conforme determina a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disponibiliza equipe especializada para demais esclarecimentos através do seguinte telefone DDG 0800 704 1995.
Marcelo Armôa - Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)
Foto: Lucas Cardoso/Embrapa