Campo Grande (MS) - Tradicional concurso de quadrilha junina realizado no último dia 15 de junho em Campo Grande consagrou em primeiro lugar a apresentação do Programa Rede Solidária, projeto desenvolvido pelo Governo do Estado e gerenciado pela Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast).
As equipes deviam seguir uma lista de exigências indicadas pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), cada quadrilha deveria ter um tema, casamento caipira, um marcador, coreografia e figurino.
“A quadrilha do Rede apostou na irreverência. A tradição do casamento caipira é o noivo fugindo por ser obrigada a casar. Nós fizemos a noiva fujona. Na hora do casamento ela foge e vai passear por Campo Grande conhecer a cidade e o noivo vai a traz dela nos pontos turísticos como Lago do Amor, Feira Central, Afonso Pena, para tentar reconquistá-la. Nossa apresentação faz uma homenagem a Cidade Morena e ao amor”, destaca Marta Helena, Coordenadora Executiva do Programa Rede Solidária.
Enquanto algumas equipes que competiram nesta edição gastaram em média R$350,00 em cada figurino, com a marca de R$ 4mil reais de investimento total, o Rede apostou na reciclagem de figurinos com acessórios feitos pelos próprios alunos para dar o toque de originalidade e autenticidade que conquistaram os jurados.
Todo o processo teve a ajuda dos funcionários e voluntários das duas unidades do programa. O puxador da quadrilha, item exigido no edital do concurso, foi realizado por Rafael Rodrigues, assessor da Coordenação Executiva do Rede Solidária. “Estou acostumado a lidar com questões burocráticas e administrativas, quando recebi o convite fiquei muito feliz em poder ajudar e participar. Foi a primeira vez que puxei uma quadrilha e o mais gratificante foi ver a alegria do grupo que se apresentou. Foram dias de dedicação e empenho. Alcançar esse o primeiro lugar mostra o resultado de um trabalho feito com amor e respeito, que é desenvolvido no Rede através de todas as oficinas oferecidas no projeto”, analisa Rafael.
O prêmio para o primeiro lugar do concurso é de R$3,5 mil e será dividido entre os bailarinos. “O valor será dividido para os alunos como forma de inserir e incentivar a entrada no mercado de trabalho artístico. Foi o primeiro ‘salário’ que eles recebem como bailarinos, é um feedback também para família para que incentive e valorize o trabalho deles, comprovando socialmente no meio em que vivem que através da dança é possível crescer na vida”, afirma Pablo Pacheco, coordenador de eventos do programa, que destaca a ocasião como uma conquista importante para a inserção desses jovens como cidadãos de direito na sociedade. “Para quem está acostumado a ter o não na vida, e conquistar através de mérito próprio com dedicação e perseverança uma colocação de destaque, é uma vitória muito grande para vida deles”, analisa. Os alunos foram orientados pela coordenação do programa para investirem parte do valor na carreira com curso, material e vestuário.
Organizado pelo Núcleo de Dança do Rede Solidária a quadrilha contou com a participação de vinte alunos das duas unidades do programa com jovens dos bairros Noroeste e Dom Antônio Barbosa. É a segunda vez que o Rede Solidária participa da competição, no ano passado ficaram em 4° lugar e esse ano foram consagrados campeões.
Deise Helena Gomes - Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast)
Foto: Sedhast divulgação