Campo Grande (MS) – A escassez de chuvas em Mato Grosso já começa a surtir efeito nas lavouras de milho, o que pode frustrar as previsões da supersafra deste ano. Conforme dados do Boletim do SIGA/MS, os técnicos já não trabalham com a previsão de produtividade, que constava nos boletins anteriores.
Nas próximas duas semanas equipes de campo confirmarão os dados, inclusive da área plantada.
O problema do milho, entretanto, não está no solo, mas no céu. De acordo com o modelo Agritempo (Sistema de Monitoramento Agro Meteorológico), a previsão é de que partir de 28 de abril não haverá chuva no Estado nos próximos dias. Os dados se combinam com o modelo do NOAA, instituição meteorológica do Departamento Comercial dos Estados Unidos, cuja previsão do tempo estendida indica que nos próximos 15 dias não deve chover em Mato Grosso do Sul.
Além disso, a chuva de granizo ocorrida na noite do dia 13 de abril atingiu as lavouras de milho dos municípios nas regiões Oeste, Sudoeste, Sul-Fronteira e Sudeste, concentrando-se na região Sul-Fronteira e Sudeste. As principais ocorrências de perdas afetaram as lavouras nos municípios de Amambaí, Aral Moreira, Bonito, Mundo Novo e Naviraí.
Já com relação ao mercado, houve desvalorização de 10,03% no preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul entre 17 a 27 de abril de 2020. O cereal encerrou o período negociado a R$ 37,56 a saca de 60 quilos, em média. Apesar da queda, está ainda bem acima do valor médio do ano passado (R$ 27,82/sc), o que deve animar os produtores.
Katiuscia Fernandes – Subsecretaria de Comunicação