Estudo de demanda mostra viabilidade do Corredor Oeste de Exportação 

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  • Paulo de Camargo Fernandes
  • 18/maio/2021 12:36 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Ministro Tarcísio revela que investidores estão interessados na Malha Oeste e pede para Dnit acelerar projeto da Rota Bioceânica

Estudo de demanda apresentado nesta terça-feira (18), no Ministério da Infraestrutura, mostrou a viabilidade do Corredor Oeste de Exportação. A apresentação foi feita pelo coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, em uma reunião com a participação dos governadores Reinaldo Azambuja (MS) e Ratinho Junior (PR) e o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas. 

O levantamento revelou que Mato Grosso do Sul terá a maior redução de custo de transporte com a Nova Ferroeste, podendo chegar a 30% em relação ao frete rodoviário. Além da apresentação do projeto de desestatização da Nova Ferroeste, o evento contou com a assinatura do contrato de concessão da área destinada à movimentação de veículos no Porto de Paranaguá.

Para o governador Reinaldo Azambuja, o modal vai ser importante para escoar as riquezas produzidas, ainda mais com a projeção do crescimento da área de agricultura em 1,8 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul nos próximos anos, o que vai potencializar as exportações.

Além disso, a chegada de empreendimentos como a fábrica de celulose da Suzano vão ajudar a impulsionar o comércio internacional. “Esse é um trabalho conjunto, com equipe da Ferroeste, do Paraná, de Mato Grosso do Sul e do Ministério da Infraestrutura. É um projeto essencial para dar competitividade. Hoje o frete de Mato Grosso do Sul é rodoviário e o porto de Paranaguá já é o grande destino das riquezas do nosso Estado”, disse Reinaldo Azambuja. 

A nova fábrica de celulose da Suzano foi anunciada ao mercado na semana passada. A unidade em Ribas do Rio Pardo será a maior do mundo, com investimento de R$ 14,7 bilhões e geração de 10 mil empregos diretos até 2024.

A Nova Ferroeste vai ligar Maracaju ao porto de Paranaguá. O traçado será o seguinte: Maracaju, Amambai, Guaíra e Cascavel. Em Cascavel haverá duas ramificações: uma indo a Foz do Iguaçu e a outra seguindo por Guarapuava, passando por Balsa Nova e chegando a Paranaguá.

Malha Oeste 

O ministro Tarcisio Gomes de Freitas afirmou ainda ter recebido contato de muitos empresários interessados na licitação da Malha Oeste, que vai se conectar com a Ferroeste em Maracaju. “Tivemos uma grande surpresa. O ministro disse que sistematicamente, toda semana, recebe grupo de investidores interessados na Malha Oeste. Isso nos deixou bastante empolgados”, contou o secretário Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Produção e Agricultura Familiar).

Reinaldo Azambuja contou ainda ter pedido ao senador Nelsinho Trad, que é líder do PSD no Senado e coordenador da bancada de Mato Grosso do Sul, para colocar o PLS 261 como prioridade na pauta. O projeto de lei permite à iniciativa privada a construção e a operação de suas próprias ferrovias. Além disso, o Governo de Mato Grosso do Sul avalia a criação de um projeto de lei semelhante em âmbito estadual.

Rota Bioceânica

Em relação a Rota Bioceânica, o ministro da Infraestrutura assumiu o compromisso de pedir ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para antecipar a entrega dos projetos de acesso à ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, que seriam finalizados até o fim do ano pela empresa contratada.

O compromisso foi firmado após o governador Reinaldo Azambuja ter destacado o restabelecimento do cronograma da construção da ponte, com a garantia do diretor-presidente da Itaipu Binacional Paraguai da licitação no dia 1º de julho.

Também participaram da solenidade o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves; o coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes; o assessor especial do Ministério da Infraestrutura, Marcos Felix; o chefe da Assessoria de Assuntos Parlamentares, Elias Brito; a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa; a secretária Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier; a secretária de Apoio ao Licenciamento Ambiental e à Desapropriação, Rose Hofmann; o secretário de Parcerias em Transportes, Thiago Caldeira, e os secretários do Paraná Sandro Alex (Infraestrutura e Logística) e Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento); além do diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Paulo Fernandes, Subcom

Fotos: Ricardo Botelho / Ministério da Infraestrutura

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