Depois de apresentar nesta terça-feira (18) o estudo de viabilidade da Nova Ferroeste para o ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), o governador Reinaldo Azambuja seguiu para agenda com a ministra Tereza Cristina (Agricultura) onde formalizou ações que ampliam políticas públicas aos produtores sul-mato-grossenses. Os encontros foram realizados em Brasília (DF).
No Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinaldo Azambuja e Tereza Cristina assinaram documentos que formalizam a adesão de Mato Grosso do Sul ao “Programa de Consolidação de Assentamentos – Produzir Brasil” e ao “AnalisaCAR”.
Enquanto o “Produzir Brasil” será responsável por levar até 2022 assistência técnica a mais de três mil produtores rurais no Estado, o “AnalisaCAR” - ferramenta fundamental para a implantação efetiva do Código Florestal Brasileiro - vai permitir a análise de dados declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) de Mato Grosso do Sul de forma automatizada.
Para a execução do "Produzir Brasil" em Mato Grosso do Sul, será destinado o valor total de R$ 4.022.774,68, sendo a importância de R$ 2.815.942,28 pela Anater/Mapa e o restante pela Agência Agrária de Extensão Rural de MS (Agraer).
“Aqui fizemos dois gols, um na assistência técnica para produtores e assentados, e outro para todos os produtores de Mato Grosso do Sul, que poderão ter o CAR de maneira mais ágil”, falou Tereza Cristina.
Também estiveram presentes na ocasião o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Júnior; e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de MS, Jaime Verruck.
Nova Ferroeste
Na fase final de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, o projeto do Corredor Oeste de Exportação, que trata da Nova Ferroeste, foi apresentado pelo governador Reinaldo Azambuja à ministra Tereza Cristina. A nova estrada de ferro ligará Maracaju ao Porto de Paranaguá, no Paraná.
A expectativa de MS e do PR é de que o projeto da ferrovia seja finalizado no segundo semestre deste ano. “Teremos um grande projeto de ferrovia para o País, que envolve MS e PR, sendo extremamente competitivo e com muitos interessados”, destacou Reinaldo Azambuja.
Segundo ele, a ferrovia deve ser leiloada à iniciativa privada em 2022 na B3, a bolsa de valores de São Paulo. “Existem grandes players de logísticas mundiais interessados, falando com PR e MS, porque essa ferrovia tem tudo a ver com o desenvolvimento das regiões Centro-Oeste e Sul do Sul. Ela tem competitividade, tem carga suficiente e tem interessados”, disse Reinaldo Azambuja.
Por Mato Grosso do Sul, o traçado da Nova Ferroeste inicia em Maracaju e passa por Amambai, Guaíra e Cascavel, cidades do Paraná. Em Cascavel haverá duas ramificações: uma indo a Foz do Iguaçu (PR) e a outra seguindo por Guarapuava (PR), passando por Balsa Nova (PR) e chegando ao porto de Paranaguá.
Tereza Cristina ressaltou a importância que Mato Grosso do Sul e Paraná têm para o agronegócio brasileiros e afirmou que, juntos, os dois estados já possuem produção suficiente para dar viabilidade a essa ferrovia. "Agora é ajudar, dar força para o projeto avançar. Agora é caminhar com a parte burocrática e licenças para dar sequência", pontuou a ministra.
Segundo estudos do novo traçado, o custo do frete no Estado deve ter redução de até 50% com a ativação da Nova Ferroeste.
Bruno Chaves, Subcom
Fotos: Guilherme Martimon/Mapa