Campo Grande (MS) - O Governo do Estado implantará, até 2018, uma escola bilíngue em Campo Grande para atender as crianças e jovens com deficiência auditiva em idade de escolarização, os quais hoje estão migrando para a rede pública face à reestruturação do Centro Estadual de Atendimento da Audiocomunicação (Ceada), na Capital, que deixa de oferecer a escolarização a esse grupo em atenção à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
“Será uma escola comum, aberta à comunidade, proporcionando maior integração entre os alunos que já dominam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e aqueles ainda em processo de aprendizagem”, disse a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta, ao anunciar a nova estrutura para os alunos com necessidades especiais que cursam o ensino fundamental.
O compromisso de construir uma escola bilíngue foi firmado pela governadora em exercício Rose Modesto no encontro com pais, alunos e profissionais do Ceada, na manhã desta quinta-feira, 12, para tratar da reestruturação daquele estabelecimento. A secretária de Educação adiantou que o governo se esforçará para estruturar a nova escola ainda no segundo semestre deste ano e considerou como ideal a implantação de polos em várias regiões da Capital e do interior.
Acompanhamento
Ainda nesta quinta-feira, foi formalizada a comissão permanente que acompanhará as adequações pertinentes às mudanças na educação especial – a transferência dos alunos para a rede pública e o processo de construção da escola bilíngue. A criação da comissão, formada por profissionais de educação, entidades ligadas à área e pais dos ex-alunos do Ceada, faz parte de uma pauta de reivindicações discutida pela comunidade com a Secretaria de Estado de Educação (SED).
Para a coordenadora de Políticas de Educação Especial da SED, Adriana Buytendorp, a reformulação proposta pelo Estado é um grande avanço nas políticas de atendimento especial aos estudantes com deficiência auditiva. Ela explicou que os alunos atendidos pelo Ceada e agora realocados na rede estadual de ensino continuarão a receber atenção especial, incluindo apoio do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), que se integrou ao Ceada.
Fazem parte da comissão a secretária de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta; a coordenadora de Políticas de Educação Especial da SED, Adriana Buytendorp; Roberto Botareli, presidente da Fetems; Lucílio Nobre, presidente da Associação Campo-grandense de Professores (ACP); Juliana Matos, procuradora da SED; deputado estadual Pedro Kemp; professores, técnicos e representantes dos pais dos alunos e do movimento pró-Ceada.
Sílvio Andrade – Subcom
Fotos: Edemir Rodrigues –Subcom