Campo Grande (MS) – A governadora em exercício, Rose Modesto, e o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado, José Carlos Barbosa, cumprem agenda nesta quarta-feira (18) em Brasília (DF), onde participarão às 15 horas, no Palácio do Planalto, de uma reunião com o presidente Michel Temer para debater medidas para enfrentar a crise do sistema penitenciário. O encontro também contará com a presença dos governadores dos estados do Acre, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Pará.
Anteriormente, estava previsto que Temer conduzisse um evento com todos os governadores, no qual seriam assinados acordos de cooperação entre a União e os estados com compromissos para a implementação do Plano Nacional de Segurança Pública. O cerimonial do Ministério da Justiça chegou a enviar um convite aos 27 representantes estaduais, mas depois transmitiu uma mensagem informando sobre o cancelamento da solenidade.
De acordo com a assessoria de imprensa, a “alteração no formato” do encontro de hoje ocorreu “a pedido de vários governadores”. “O presidente da República fará reunião de trabalho por regiões. Nesta quarta-feira será a vez da Região Norte e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, informou o ministério.
Segundo a governadora em exercício, Rose Modesto, os governadores convocaram essa agenda, pois identificaram a necessidade de melhorar esse plano, para que depois seja feita a assinatura. “A preocupação desse governo é com a região de fronteira, que precisa de uma atenção especial. Mato Grosso do Sul é considerado a principal porta de entrada de drogas e armas, que abastecem os grandes centros e até mesmo outros países. Nesta reunião vamos cobrar o governo federal para que cumpra o compromisso que já havia sido firmado de aumentar o efetivo da Força Nacional, ou que seja feito um repasse de recursos para que tenhamos condições de aumentar o nosso efetivo nesta região”, destacou Rose Modesto, ao falar da agenda com o presidente.
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, é necessário uma presença “mais firme e marcante” por parte da União no monitoramento e controle das regiões de fronteira, sobretudo no que tange o tráfico de armas e drogas. “No nosso estado, 40% dos presos são oriundos do tráfico, do crime transnacional, e são custeados exclusivamente pelo governo estadual. Estamos cobrando que haja a federalização do cumprimento de penas no regime fechado ou, pelo menos, que o crime transnacional seja assumido pela União”, disse Barbosa.
Reportagem Regiane Ribeiro Assecom/Sejusp
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