Na próxima terça-feira (5), Mato Grosso do Sul dará início às ações da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS). Escolhido como o Dia D da mobilização, o lançamento no estado acontecerá às 9h na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande.
A cerimônia marcará simbolicamente o início da campanha com a coleta de material genético de três familiares de pessoas desaparecidas. A ação integra uma força-tarefa nacional que acontece simultaneamente em todo o Brasil de 5 a 15 de agosto, com o objetivo de ampliar o Banco Nacional de Perfis Genéticos e, assim, facilitar a identificação de pessoas desaparecidas em todo o território nacional.
Em Mato Grosso do Sul, a campanha será executada pela Polícia Civil, por meio da DHPP, e pela Polícia Científica, via Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF). Até o momento, duas pessoas já foram identificadas no estado a partir do cruzamento de perfis genéticos com restos mortais não identificados — um resultado que reforça a importância da tecnologia e da ciência forense na solução de casos antigos.
“A campanha visa a identificação de corpos que estão no IMOL e de pessoas enterradas sem identificação. Com o fornecimento de material genético pelos familiares, é possível realizar o cruzamento desses dados visando a identificação dessas pessoas”, explica o delegado Rodolfo Carlos Ribeiro Daltro, titular da DHPP.
Segundo Josemirtes Prado da Silva, diretora do IALF/PCiMS, o procedimento é simples e indolor. “Todas as nossas unidades estão preparadas para essa campanha, tanto em Campo Grande quanto nas 14 cidades do interior. A coleta é feita com um cotonete passado na parte interna da boca. Se a família tiver algum item do desaparecido, como escova de dentes, cordão umbilical ou dente de leite, também pode levar. Cada amostra ajuda a dar uma resposta para quem espera.”
Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a campanha mobiliza delegacias especializadas, laboratórios de genética forense e autoridades estaduais para acelerar a análise de amostras pendentes e incentivar a participação de mais famílias. Em 2024, a ação coletou 1.645 amostras e possibilitou a identificação de 38 pessoas em diversos estados, como Pernambuco, Ceará, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Para participar, é necessário que o familiar da pessoa desaparecida tenha um boletim de ocorrência registrado e apresente documentos pessoais no momento da coleta. Embora a mobilização nacional ocorra neste período, a coleta pode ser feita durante todo o ano nas unidades da Polícia Científica do estado.
No mesmo dia, em Brasília, será lançado no Palácio da Justiça o caderno digital Transformando Números em Histórias, publicação que reúne relatos emocionantes de nove pessoas identificadas na campanha anterior, evidenciando que por trás de cada número, existe uma família em busca de respostas.
Serviço:
Dia D da Campanha Nacional de Coleta de DNA
Data: 5 de agosto de 2025 (terça-feira)
Horário: 09h
Local: Sede da DHPP – Rua Dr. Arlindo de Andrade, 145, Bairro Amambaí, Campo Grande/MS
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Comunicação Sejusp