Campo Grande (MS) - Depois de dois meses de sucessivas reuniões, as negociações salariais entre o Governo do Estado e os 47 sindicatos e associações representantes de servidores públicos estaduais chegaram ao fim. Na tarde desta quarta-feira (1), os secretários de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis, se reuniram com a imprensa para apresentar o balanço das tratativas.
"Foi um período muito intenso de negociação e de demanda em relação as diversas análises, ensaios e impactos. Foi uma discussão que começou a mudar o paradigma tradicional de debate sobre valor de reajuste para tratar também de ganhos de carreira", avaliou Riedel.
Além de ganhos salariais, o diálogo com as diferentes categorias resultou em conquistas que vão desde a reestruturação de carreiras, passando por calendário de cursos e investimento em infraestrutura. "Não foi uma mera negociação salarial, mas um aprofundamento que permitiu corrigir distorções e concretizar uma política de valorização do servidor, com ganhos de carreira há muito demandados pelas categorias", completou o titular da Segov.
Todos os sindicatos e associações representantes dos quase 40 mil servidores efetivos aceitaram proposta do Governo do Estado de conceder reajuste em forma de abono salarial, que varia de R$ 100 a R$ 250, conforme a carreira do servidor. "Aquelas categorias que receberão valores menores de abono foram contempladas com outros ganhos", lembrou Carlos Alberto. Ele ainda destacou que o abono representa reajuste de até 20% nos salários daqueles que ganham menos. "Hoje, 70% dos servidores estão satisfeitos com o acordado", pontuou.
Os abonos já começaram a ser pagos nesta quarta-feira, primeiro dia útil de junho, junto com os salários de maio. Segundo os secretários, todos os servidores efetivos receberam R$ 400 a mais nos salários - referentes aos meses de abril (R$ 200) e maio (R$ 200). A partir de julho de 2016 será pago aos servidores os abonos que variam de R$ 100 a R$ 250. O pagamento segue mensal até abril de 2017, quando serão iniciadas novas conversas sobre os reajustes.
"Houve avanços monetários e ganhos de carreira. Esse governo será conhecido pela marca do diálogo permanente com as categorias. Continuaremos tratando sobre as melhorias com todas as carreiras, cada uma com sua característica", garantiram os secretários. O benefício do abono significa um impacto de R$ 151 milhões anuais nas finanças do Estado.
Bruno Chaves, da Subsecretaria de Comunicação | Foto: Jessica Barbosa.