Campo Grande (MS) – O governador Reinaldo Azambuja destacou nesta quinta-feira (15) o alcance social do programa “Mãos que Constroem”, lançado pelo Governo de Mato Grosso do Sul em parceria com o Tribunal de Justiça. Segundo Reinaldo, além de possibilitar economia aos cofres estaduais com reformas de prédios de delegacias e unidades da Polícia Militar, o programa é oportunidade de reintegração social para detentos recrutados para as obras. Quem não tem uma profissão na área de construção civil, por exemplo, é capacitado pelo Senai em cursos de pedreiro, eletricista, encanador e serviços gerais.
“É um caminho para reintegrarmos socialmente essas pessoas que cometeram erros”, falou o governador. Por meio do “Mãos que Constroem”, detentos dos regimes aberto e semiaberto vão reformar e ampliar unidades de segurança pública no Estado: delegacias, batalhões, pelotões e outros. A obra piloto do projeto será iniciada segunda-feira (19) na 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, que fica no bairro Moreninhas II.
Dez reeducandos trabalharão na reforma. “Tem pedreiro, pintor, eletricista, encanador e ajudantes gerais”, contou o juiz titular da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Albino Coimbra Neto. Ainda de acordo com o magistrado, uma parceria com o Sesi/Senai vai possibilitar formação profissional na área da construção civil para os presos que trabalharem nas obras do “Mãos que Constroem”.
“Serão 12 meses de parceria com cursos teóricos e práticos”, disse Albino. “São parcerias louváveis que beneficia não só os reeducando, mas diversos setores da sociedade”, falou Reinaldo.
Reeducandos
Ao final de cada reforma realizada, o reeducando receberá uma carta de recomendação atestando sua eficiência no trabalho, com um pequeno descritivo das atividades por ele desenvolvidas, objetivando a reinserção no mercado de trabalho. Cada preso será remunerado e terá a possibilidade de diminuir a pena – cada três dias trabalhados levam à remissão de um da condenação.
Valores investidos
A reforma da 4ª DP de Campo Grande terá custo de R$ 123.454,76 (dinheiro exclusivo do Estado), um custo 75% menor do que o previsto para a obra se fosse realizada por meio de licitação: R$ 500 mil. Conforme o governador, seguindo o cronograma de licitação, a obra demoraria oito meses para ser concluída. Pelo novo programa, a expectativa de término é de quatro meses.
Bruno Chaves, da Subsecretaria de Comunicação | Fotos: Chico Ribeiro.