Açúcar e celulose puxam balança comercial e MS registra superávit de US$ 252 mi no primeiro bimestre de 2017

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  • 08/abril/2017 7:30 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) - As exportações de celulose e açúcar foram responsáveis por puxar o resultado positivo da balança comercial de Mato Grosso do Sul em 2017. Dados da Carta de Conjuntura do Setor Externo, divulgados pelo governo do Estado registram superávit de US$ 252 milhões na economia regional nesse primeiro bimestre. Com relação à economia nacional, dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços revelam que a balança comercial brasileira registrou um superávit recorde no primeiro trimestre de 2017, avaliado em US$ 14,4 bilhões, com exportações no valor de US$ 50,5 bilhões e importações de US$ 36 bilhões.

Somente no mês de fevereiro, as vendas externas do Mato Grosso do Sul tiveram superávit de US$ 143 milhões. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, explica que houve uma desvalorização nas cotações do dólar no mês de fevereiro em relação a janeiro, chegando a taxa média em fevereiro de R$ 3,10, cerca de 3,4% abaixo da taxa média de janeiro. Em relação a fevereiro do ano passado, a moeda brasileira acumulou uma valorização de cerca de 21,84%.

"Para Mato Grosso do Sul, a desvalorização do dólar a partir maio de 2015 tem resultado em melhoria no comércio exterior. O superávit na balança comercial do Estado com o exterior, de janeiro a fevereiro de 2017, também se deve a isso e ao desempenho de setores como o da celulose, que ocupou o primeiro lugar nas exportações do Estado em janeiro e fevereiro com US$ 159 milhões", declarou Verruck.

Conforme o secretário, além da celulose, o açúcar acumula US$ 114 milhões de vendas no período, com o minério de ferro também apresentando alta no volume exportado de 2,33%, revertendo os indicadores de baixa.

Pauta de exportações

Mesmo com a redução no volume de exportações - se comparado o primeiro bimestre de 2016 com 2017 - a celulose e outras pastas para fabricação de papel puxam a balança comercial e figura como o primeiro produto na pauta de exportações com 27,44% do total exportado, em termos do valor. No primeiro bimestre de 2017 houve queda de 25,99% em relação ao mesmo período no ano passado, registrando US$ 159,198 milhões em 2017, frente a US$ 215,114 milhões no ano anterior, e queda de 14,9% em termos de volume, passando de 467.062 toneladas em 2016 para 397.435 neste ano.

Na segunda posição estão os produtos de refino de açúcar, com 19,73% de participação. Nesse caso, houve aumento expressivo em termos de valor de 119,91% em relação a janeiro e fevereiro de 2016.

As exportações de minério de ferro também apresentaram aumento significativo de 2,33%, saltando de 470,7 mil toneladas em janeiro e fevereiro de 2016, para 521,8 mil toneladas no primeiro bimestre de 2017 e fugindo da tendência verificada nos últimos dois anos. Em desempenho, os minerais metálicos não - ferrosos registraram os melhores números, com variação positiva de 815,66%, passando de US$ 2,075 milhões para US$ 19,004 milhões em exportações.

Compradores

O principal destino dos produtos exportados pelo o Estado em janeiro e fevereiro de 2017 foi a China, seguida pela Itália e Argentina. Neste bimestre, as vendas para o mercado chinês aumentaram 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado, saindo de US$ 159,325 milhões para US$ 177,812, enquanto que as negociações com os argentinos cresceram 94,71%, saltando de US$ 19,597 milhões para US$ 38,156 milhões.

Com relação aos principais portos utilizados para a exportação por Mato Grosso do Sul, quatro portos concentram 91,65% dos valores exportados de janeiro a fevereiro de 2017. São eles: Porto De Paranaguá - PR (37,38%), Santos - SP (35,61%), São Francisco Do Sul - SC (12,52%) e Corumbá - MS (6,14%).

Nacional

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços apontam que o resultado da balança comercial brasileira de março foi recorde para o mês. As exportações superaram as importações em US$ 7,14 bilhões, o que deu ao país um resultado inédito e 61,2% superior ao alcançado no ano passado. Com relação ao primeiro trimestre de 2017, a balança comercial brasileira registrou um superávit recorde, de US$ 14,4 bilhões, com exportações no valor de US$ 50,5 bilhões e importações de US$ 36 bilhões.

Segundo a pasta, todos os grandes grupos de produtos registraram crescimento de vendas no mês. As exportações de produtos básicos apresentaram crescimento de 29,7% frente a março de 2016, influenciados principalmente pela venda de minério de ferro (+186,7%), petróleo bruto (+145,9%), carne suína (+33,4%) e carne de frango (+7%).

Avanços também foram registrados em manufaturados (+12,3%) e semimanufaturados (+7,4%). Entre os itens, destacaram-se os hidrocarbonetos (+170,9%), óleos combustíveis (+161,7%), borracha sintética (+111,9%), semimanufaturados de ferro e aço (+109,3%), tubos flexíveis de ferro e aço (+94,6%) e veículos de carga (+67,1%).

Outro dado importante reforçado pelo Ministério foi que as vendas de proteína animal cresceram, mesmo com as suspeitas levantadas pela Operação Carne Fraca. Com laudos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicando que as proteínas brasileiras são seguras, as vendas do setor avançaram 4,4% frente a março do ano passado, tendo sido enviadas para 137 países.

Marcelo Armôa - Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)

Fotos: Edemir Rodrigues

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