Campo Grande (MS) – Com intensificação de trabalhos de vistoria em visitantes e de operações pente-fino, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) bateu recorde de apreensões de celulares, em 2016, em presídios de Mato Grosso do Sul. Conforme dados da Diretoria de Operações da Agepen, em todo o ano passado foram apreendidos por agentes penitenciários 2916 celulares, 443 a mais que no ano anterior, quando 2473 aparelhos foram recolhidos, e, praticamente, o dobro de 2014, que registrou 1474 apreensões.
Com relação ao total de acessórios para celulares, foram contabilizadas 3161 apreensões, entre carregadores, chips e demais componentes. “Muitos dos celulares e acessórios são apreendidos antes de chegar às mãos dos internos, interceptados nas revistas de visitantes e recolhidos nos pátios quando arremessados pelos muros”, informa o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia. Segundo ele, a aparelhagem das unidades penais, com portais detectores e esteiras de raio x, também contribuem para o êxito das apreensões.
Conforme Stropa, esse ingresso de objetos proibidos ocorre através das dificuldades de revista diante do grande número de visitantes todos os sábados e domingos, em torno de quatro mil pessoas em todo o Estado e, também, porque familiares e pessoas ligadas aos custodiados arremessam esses objetos sobre os muros das unidades, principalmente por conta da urbanização no entorno dos presídios, que facilita esse acesso. “O que impõe aos nossos agentes uma constante vigilância para conseguir resgatá-los antes dos detentos”, comenta.
O balanço divulgado pela Diretoria de Operações também aponta que, em 2016, foram apreendidas 260 armas artesanais, como ferros pontiagudos retirados da própria estrutura das celas. “Não podemos baixar guarda nenhum dia pois as artimanhas são várias”, destaca o dirigente.
Para o diretor-presidente da Agepen, a intensificação das apreensões de celulares, acessórios, armas artesanais, maconha, cocaína e outras drogas precisa ser uma constante no sistema penitenciário do Estado, seja não permitindo a entrada, seja realizando rotineiramente vistorias pontuais em celas ou mesmo operações pente-fino.
O dirigente enfatiza que, mesmo as apreensões feitas nas celas, precisam ser encaradas como um trabalho positivo desenvolvido pelos agentes, já que retiram do poder dos detentos esses materiais. “Diante da impossibilidade de garantirmos, na totalidade, que equipamentos e produtos proibidos ingressem em nossas unidades prisionais, temos esse trabalho importante de impedir que os internos permaneçam com esses ilícitos”, finaliza.
Assessoria de Comunicação da Agepen