Aos 23 anos, UEMS é protagonista no desenvolvimento do Estado

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  • 20/dezembro/2016 4:29 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) - A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) comemora, nesta terça-feira (20) 23 anos de história. Com mais de 20 mil profissionais formados ao longo de sua trajetória, a UEMS já consolidou sua participação no desenvolvimento social, econômico cultural e científico do Estado.

Concebida com a proposta de levar a educação superior ao interior do MS, cumpriu com excelência a missão. A Universidade conta, hoje, com 66 cursos de graduação, 22 cursos de especialização, 14 mestrados e dois doutorados.

Além disso, considerando apenas as unidades físicas, a UEMS é a Instituição de Ensino Superior mais presente em Mato Grosso do Sul com unidades em 15 cidades, além de polos e futuros polos de Educação a Distância em outros dez municípios.

“Os números atuais confirmam que, embora seja uma instituição jovem, a UEMS tem se consolidado como elemento estratégico para o desenvolvimento do Estado. Falar dessa instituição é motivo de orgulho e de alegria. Nossa Universidade tem a cara do MS e, a cada dia, têm demonstrado sua força e importância”, destaca Fábio Edir dos Santos Costa, reitor da Universidade.

Em 2016, foram cerca de 10 mil alunos matriculados na UEMS. A maior parte dos alunos possui domicílio eleitoral em Mato Grosso do Sul. Mesmo com a adesão da instituição ao (Sistema de Seleção Unificada (SISU), em que pessoas de todo o Brasil podem se inscrever no processo seletivo, a Universidade ainda mantém a sua identidade regional, com 84% dos estudantes moradores do Estado. Os dados foram apresentados pelo próprio reitor, Fábio Edir, no seminário Diálogos Republicanos, que ocorreu no Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), e discutiu o papel da Universidade no desenvolvimento do Estado.

Para o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, a “interiorização” é uma marca da Universidade Estadual, pois reduz as desigualdades regionais, sem deixar de lado as suas orientações básicas, que são a pesquisa e a aplicação da ciência na resolução dos problemas comuns da sociedade.  “Acreditamos que hoje a população já tem a percepção de que a Universidade é parte do mecanismo que gera desenvolvimento e não apenas forma e qualifica, mas também contribui para a inovação e a eficiência de gestão”, analisa Azambuja.

Um indicador que aponta que a UEMS impacta diretamente no desenvolvimento do Estado é a melhoria no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), nos últimos dez anos, em todas as cidades onde a UEMS foi pioneira na oferta de cursos de graduação de Licenciatura. Dos 66 cursos de graduação oferecidos pela instituição, 33 são de Licenciatura.

Inclusão, Planejamento e Parcerias

A inclusão sempre foi a marca maior da identidade da UEMS. A Universidade foi a primeira do Brasil a garantir, por meio de cotas, o ingresso de estudantes indígenas, em todos os cursos, e a terceira a garantir o ingresso de estudantes negros. Além disso, ai Universidade possui um setor específico de Inclusão e Diversidade, para acompanhamento de acadêmicos deficientes e outras minorias.

“A nossa instituição, todos os anos, reserva 10% do total de vagas dos cursos de graduação para indígenas, e 20% para negros. Incluir é a vocação desta Universidade. Nos orgulha saber que a UEMS tem democratizado, na prática, o acesso ao Ensino Superior”, afirma o vice-reitor Laércio de Carvalho.

Outro ponto a ser destacado é o eixo transparência e planejamento. Além de atualizar o Portal da Transparência estadual com suas informações institucionais, a UEMS vem atuando em outras áreas de gestão com vistas a ampliar a eficiência na atuação da Universidade e garantir uma prestação de contas adequada. “Para nós é fundamental mostrar à sociedade de forma clara a maneira como os recursos são investidos na educação superior pública estadual em Mato Grosso do Sul”, afirma Laércio de Carvalho.

Para o vice-reitor, outro viés de fortalecimento institucional passa pelas parcerias com o Governo e outras instituições. O resultado recente disso foi a criação e implantação dos 11 Centros de Pesquisa (Cepex/UEMS), que “contemplam diversas áreas do conhecimento e estão atrelados à maior expansão da pós-graduação da Universidade e ao atendimentos de demandas regionais do Estado e da sociedade sul-matogrossense”, ressalta Laércio.

Em outros exemplos, parcerias com a Sectei (Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendimento e Inovação) foram fundamentais para o surgimento da Agência UEMS de Inovação. Com o Instituto Federal de Mato grosso do Sul (IFMS), a UEMS irá desenvolver a informatização de dados disponíveis ao atendimento à população de Dourados, pelo CRAS – Centro de Referência da Assistência Social.

Outro trabalho em conjunto resultou na integração da UEMS nos estudos e discussões para a implantação do Corredor Bioceânico da América do Sul, juntamente aos Governos do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile alçando a instituição em importância estratégica no continente.

História da UEMS

A UEMS foi instituída pela Lei Estadual nº 1.461, de 20 de Dezembro de 1993, criada pelo ex-deputado Walter Carneiro e sancionada pelo ex-governador de Mato Grosso do Sul, Pedro Pedrossian. O objetivo era desenhar um novo cenário educacional para o Estado.

A sede da universidade foi implantada na cidade de Dourados. Na época, o Estado, principalmente as cidades do interior, tinha sérios problemas com relação ao Ensino Fundamental e Médio, principalmente quanto à qualificação dos professores das escolas da Rede Pública.

Era necessário criar uma universidade que fosse até o aluno, em função das distâncias e dificuldades de deslocamento. Era preciso vencer distâncias, democratizar o acesso ao ensino superior e fortalecer o ensino básico.

Para cumprir esta proposta, a UEMS adotou três estratégias diferenciadas: rotatividade dos cursos, sendo os mesmos permanentes em sua oferta e temporários em sua localização; criação de unidades de universitárias em substituição ao modelo de campus e estrutura centrada em coordenações de cursos ao invés de departamentos. Esse modelo de instituição descentralizada permitiu que milhares de alunos realizassem o sonho de fazer um curso superior.

Rubens Urue/ Comunicação UEMS

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