Apoio Técnico Assistencial coordena mais de 70 servidores das equipes multiprofissionais do HRMS

  • Geral
  • Thereza Christina Amendola da Motta Cance
  • 05/dezembro/2017 9:30 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Ao todo são seis categorias diferentes e mais de 70 profissionais que dão suporte ao atendimento médico hospitalar.

Campo Grande (MS) - A Coordenação de Apoio Técnico Assistencial (Cata), do Hospital Regional Rosa Pedrossian (HRMS), é responsável pelos cuidados multiprofissionais dos pacientes. Diretamente ligada à Direção de Apoio Assistencial, o setor comanda 70 profissionais de Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.

Coordenadora do Apoio Técnico Assistencial do HRMS, Maria Inêz.

De acordo com a coordenadora do Apoio Técnico Assistencial e assistente social, Maria Inêz Ramos, as equipes são suporte não médico e contam com um representante técnico para cada categoria. “Nós coordenamos o trabalho dessas profissões administrativamente. Cada categoria tem um representante técnico, exatamente porque como eu vou falar da fisioterapia se não sou fisioterapeuta? Alguns profissionais fazem parte da equipe matricial. Temos determinados setores que uma equipe vai lá, quando chamada, para atender aquele paciente, mas não é referência daquele setor. A de referência fica dentro da unidade de produção. Assim temos profissionais lotados em um setor e outros que atendem vários setores”, explica.

Entre as atividades da Cata estão: acompanhar e coordenar a atuação dos profissionais de apoio técnico assistencial; administrar a vida funcional do pessoal; definir necessidades do setor; coletar dados da produção e controle de qualidade; supervisionar escalas de trabalho; responsabilizar-se pelo cumprimento de todas as regras de fluxo de acesso a internação pactuadas pelo HRMS.

Gabriela é responsável técnica e gerente da coordenação de Apoio Técnico Assistencial.

A fisioterapeuta, Gabriella Saldanha, que atua na gerência da Coordenação e é a responsável técnica (RT) da Fisioterapia, explica que o serviço abrange todas as exigências legais das profissões. “É uma exigência legal todo serviço no hospital ter uma chefia. Já a RT é para responder tecnicamente ou fazer cumprir todas as legislações, bem como racionalizar o profissional, entender as especialidades de cada área. Respondo legalmente por tudo o que ocorre na Fisioterapia. Participamos das comissões do hospital enquanto Coordenação. Hoje a fisioterapia tem a maioria dos profissionais lotados na Cata, somos em 46 e fazemos parte da equipe de referência dentro das UTIs”, detalha.

Entre os pontos principais do serviço de fisioterapia nas equipes multiprofissionais, Gabriella cita a redução no tempo de internação. “A fisioterapia vai agir, por exemplo, no tempo de diminuição da internação, por isso a exigência de um profissional na UTI. Atuamos tanto na parte respiratória, quanto na motora, tentando fazer com que os efeitos deletérios da internação sejam amenizados ou que ele tenha uma recuperação quase que total da sua funcionalidade. Voltar a ser o que era antes da internação, se era um atleta, que saia em condições de retomar suas atividades, por exemplo”.

Serviço social

A assistente social Renata Domingues conta que Serviço Socia, tem demanda grande no HRMS.

A responsável técnica do Serviço Social, assistente social Renata Domingues, reforça que o serviço social está dentro do Regional em todos os setores. “A função principal é intervir nas questões sociais que possam interferir no processo de saúde e doença, contribuindo na humanização do paciente, na desospitalização. Devido à natureza do hospital, 100% SUS, temos uma demanda muito grande. Fazemos parte da equipe matricial do HR, ou seja, somos acionadas por meio de solicitação de parecer da equipe médica e apoio técnico e nos dirigimos para oferecer suporte especializado aos pacientes”.

Renata explica que a demanda é muito variada. “Atendemos situação de vulnerabilidade social, violência, negligência familiar contra criança e adolescente, violência doméstica, violência contra o idoso, contra a mulher. Fazemos a nossa avaliação e trabalhamos com toda rede de apoio assistencial, inclusive com encaminhamentos e contra referências. A criação dessa coordenação melhorou as condições de trabalho e temos orgulho de dizer que hoje o comando está com uma assistente social. Isso reforça a importância do nosso trabalho e abre caminhos para levarmos mais qualidade de vida aos nossos pacientes”.

Equipe de assistentes sociais do Serviço Social do Hospital Regional Rosa Pedrossian em Campo Grande.

Educação física

O atendimento ambulatorial de reabilitação cardíaca é oferecido pelo HRMS e desenvolvido pela responsável técnica e educadora física, Sandra Duailibi. Ela conta que, a parceria com os fisioterapeutas que realizam a reabilitação na parte de respiração, pulmonar, a educação física atua na parte de exercícios. “É uma parte bem complexa, entrou há pouco tempo na área da saúde, mas a presença é fundamental porque as atividades físicas proporcionam longevidade. O trabalho é muito bacana conta com ajuda da nossa médica esportiva, Emanuela, que é a responsável pela reabilitação cardíaca. Temos dois grupos segunda, quarta e sexta-feira, que são os de menor risco, e os pacientes de terça e quinta-feira são os pacientes mais graves”, conta.

A educadora física Sandra Duailibi faz reabilitação cardíaca dos pacientes.

Entre as atividades realizadas com os pacientes estão atividades aeróbicas, exercícios de força para membros inferiores e superiores. “Os pacientes que podem levamos para a rampa e escada, tudo monitorado com equipamentos. Só atendemos paciente que já tiveram alta. A Maria Inêz foi quem acreditou e confiou no nosso meu trabalho. Para educadores físicos é muito importante essa coordenação”, pontua.

Psicologia

A psicóloga Renata Evarini é a responsável técnica da psicologia. Ela explica que o trabalho no hospital é bem diferente da área clínica. “Trabalhamos com foco especifico em relação à doença e à hospitalização. É diferente da clínica onde o paciente toma a iniciativa de ir às sessões. Aqui o paciente está passando por algum problema emocional, por exemplo, ansiedade antes da cirurgia, familiares que estão passando por óbitos, suporte emocional para pessoas que não estão conseguindo aderir ao tratamento, que recebem diagnóstico de doenças. Independente da gravidade, nosso trabalho é dar apoio emocional em relação ao paciente e também à família, se for necessário”.

Psicóloga Renata conta as especificidades do tratamento com pacientes hospitalares. 

O serviço é dividido em duas linhas de cuidados: materno infantil e adulto. “Estamos na maternidade, centro obstétrico, UTI Neonatal, Pronto Atendimento de pediatria, Terapia de Obesidade Infantil (TOI), CTI pediátrico e o programa de abortamento legal. No adulto estamos no PAM, Cardiologia, Clínica Médica e Cirúrgica, Oncologia, CTI. A equipe faz o disparo através do sistema, filtram os pacientes que necessitam do acompanhamento, solicitam pelo sistema informatizado e nós vamos fazer avaliação e elaborar projeto terapêutico para esse paciente. Pode ser atendimento em grupo, individual ou só para família. O atendimento varia muito. Pode demorar de 15 minutos até horas, depende da circunstância.  A coordenação para a psicologia é importante, porque ter um setor que possa cuidar especificamente do nosso trabalho facilita muito”.

Terapia ocupacional

De acordo com a RT da Terapia Ocupacional, terapeuta Poliana Cardoso Portela, a TO também está nas linhas de cuidados adultos e materno infantil. “No infantil ficamos na UTI Neonatal, ajudamos a desenvolver os bebês prematuros, na parte motora e sensorial, prevenção de atraso com desenvolvimento global do bebê. Temos as particularidades da parte do Canguru. Se o bebê é muito ativo, trabalhamos a prevenção de cólica, o grupo de projeto terapêutico com as mães para diminuir a ansiedade, incentivar o vínculo entre mãe e bebê, e com os bebês à estimulação no leito mesmo. Se a gente vai trabalhar o desenvolvimento da visão, levamos recursos para em branco preto, contraste, brinquedos, alguma coisa para chamar a atenção. Sensorial trabalhamos com massagem, a principal é a chantala. Precisamos respeitar o desenvolvimento das crianças. Esperamos o ganho de peso de 1,250 kg e com idade corrigida acima de 32 semanas iniciamos o tratamento”.

As terapeutas ocupacionais do HRMS, Poliana Cardoso e Michele Diniz.

Ela conta que o bebê vai dizendo o que precisa. “Quando está bastante irritado fazemos a chantala, ofurô, para conseguir acalmar esse bebê para a fono trabalhar a mamada. Tem bebê que fica muito tempo para ele terminar de se formar. Trabalhamos com bebês que sofreram sequela por sofrimento, fazemos órtese, trabalhamos condicionamento, prevenção de contratura e deformidade, desde a internação. Atendemos também os bebês a termo, com má formação, trabalhamos a parte neurológica desde o começo da reabilitação mesmo. Nosso foco é na hospitalização humanizada, para que possa ter sua capacidade funcional preservada que é o brincar, proporcionar que ele não tenha atraso, porque a hospitalização provoca várias rupturas no desenvolvimento das crianças, tanto traumática emocional quanto, muitas vezes, física”.

A terapeuta Michele Diniz atende a linha adulta, no CTI e Clínica Médica. “Conseguimos expandir um pouquinho para Psiquiatria e para o Serviço de Atendimento Domiciliar. O objetivo principal é a parte física e a questão da humanização, saúde mental do paciente. Atendemos paciente neurológico, que fica muito tempo acamado, provocando fraqueza muscular. Fazemos trabalho preventivo de contratura e deformidade, trabalho de prevenção, órtese de membro superior e inferior. Tomamos cuidado com o paciente para oferecer tranquilidade, para que ele pense positivamente no tratamento. São sempre pacientes que estão fora de sedação. Nosso trabalho é com uso de tecnologia, colhendo os dados, vendo as preferencias do paciente, uso de dvd, televisão, livro, para retomar o ânimo, uma vez que a hospitalização rompe a rotina. Se ele está acolhido, conseguimos melhorar a desospitalização”.

Fonoaudilogia

A fonoaudióloga Emilene diz que HR tem como característica forte o trabalho multidisciplinar.

A Fonoaudiologia está inserida em vário setores do hospital. A responsável técnica e fonoaudióloga, Emilene Vieira, pondera que o serviço atende também as linhas adulto e materno infantil. “Quando a gente fala de fono, as pessoas lembram muito de comunicação, problema de voz. Dentro do hospital trabalhamos com distúrbio da deglutição, que é o dificuldade de engolir. Trabalhamos para retirar a sonda de bebês e adultos. Nosso trabalho de reabilitação tem por objetivo fazer com que esse paciente volte a se alimentar pela boca. Quando não é possível, fazemos a indicação da via alternativa de alimentação para que o trabalha seja continuado fora do hospital”.

Emilene reforça que o HRMS tem como característica forte o trabalho multidisciplinar muito desenvolvido. “As equipes médicas já reconhecem esse serviço. Eu sou a primeira fono do hospital. A coordenação veio fortalecer cada vez mais essa união. Como fazemos com que esse paciente evolua melhor e mais rápido, diminuímos a questão do custo para internação. É um trabalho gratificante porque conseguimos atender as demandas e ter nosso trabalho reconhecido”, finaliza.

Texto e fotos: Diana Gaúna - Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

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