Asfalto avança no Capão Seco e começa a mudar a realidade de uma região isolada por atoleiros

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  • 15/abril/2017 7:30 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) – Integrando um dos eixos rodoviários estratégicos para encurtar distâncias, garantir o escoamento da produção agropecuária de grandes e pequenos produtores e ainda facilitar o acesso a uma região que fica isolada no período de chuvas, a pavimentação da primeira etapa da MS-258 pelo Governo do Estado, em Sidrolândia, segue em ritmo acelerado, com previsão de conclusão em outubro deste ano.

“Isso aqui vira um atoleiro na chuvarada, não dá nem vontade de sair do sítio. Mas agora com o asfalto tudo vai mudar”, aposta o pequeno produtor Aparecido Santos Alves, 56 anos, um dos três mil parceleiros do Assentamento Eldorado que serão beneficiados pela obra. “A gente nem acreditou quando as máquinas começaram a fazer o aterro na estrada e agora estamos animados”, diz. “Muita produção se perdia quando a chuva impedia a saída de caminhões.”

Conhecida como Capão Seco, a região cortada pela MS-258 é um importante polo agrícola em franca expansão, distante apenas 55 km de Campo Grande. O asfalto vai reduzir em até 100 km o “passeio” da produção aos centros de beneficiamento, integrando a rodovia a um corredor formado pela BR-060, BR-163 e ainda a MS-455, MS-162 e MS-466, que demandam a Dois Irmãos do Buriti, Nioaque, Rio Brilhante, Maracaju e Nova Alvorada do Sul.

“Esse ‘miolo’ do Estado vai ficar muito bem servido pelas estradas estaduais e queremos chegar a BR-267, cuja integração também beneficiará o turismo e atração de novos empreendimentos à região”, disse o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, que vistoriou a obra no dia 28 de março para aferir a qualidade do serviço. “A presença do Estado faz com que a empresa também tenha um compromisso maior”, observa.

Obra tem conclusão prevista para outubro, mas chuvas atrapalharam o bom andamento do serviço.

Segundo trecho

Segundo Miglioli, é compromisso do governador Reinaldo Azambuja lançar no primeiro semestre do próximo ano a execução do segundo trecho da MS-258, que compreende 22 km entre o entroncamento com a MS-455 e a BR-163 (distrito de Anhandui). O lote um, em obras, tem 28 km, orçado em R$ 23,7 milhões. O serviço segue normalmente, depois das interrupções causadas pelas fortes chuvas que caíram no sul do Estado nas últimas semanas.

O primeiro trecho de asfalto surge a partir do entroncamento da MS-258 com a MS-060, a 10 km de Sidrolândia, onde é intensa a movimentação de máquinas e operários entre plantações de milho. Com um ponto de venda de abacaxis no trevo das duas rodovias, o agricultor Aparecido Alves demonstra felicidade com a obra do Governo do Estado. Seu sítio Nossa Senhora de Fátima está distante dali apenas 16 km, mas para chegar era um sofrimento.

Aparecido Alves, sitiante, projeta mais ganhos com seu abacaxi e sonha com melhores dias e o fim do sofrimento.

“O atoleiro isolava todo mundo da região, encarecia o frete e nossa margem de ganho às vezes nem compensava tanto trabalho”, conta ele, que cultiva 3.500 pés de abacaxis em sua pequena propriedade.

Tempo é dinheiro

Laurinei Lima, funcionário de uma grande fazenda da região, fala em desenvolvimento e qualidade de vida para os moradores.

Para o técnico agrícola Laurinei Lima, 26, a pavimentação da rodovia potencializa e desenvolve a agropecuária, mas também representa mais qualidade de vida para milhares de famílias que vivem da agricultura familiar. Funcionário da fazenda Santa Clarice, ele afirma que a obra “vai melhorar cem por cento o acesso” e está motivado por isso. “A gente sente-se mais animado sabendo que aquela situação precária quando chovia é coisa do passado”.

Usuários da MS-258, como Aparecido e Laurinei, esperam um novo momento para os grandes e pequenos produtores do Capão Seco com a chegada do asfalto à BR-455, dentro de sete meses. O tráfego intenso de carros e caminhões pelos desvios, por conta da obra, mostram a sua importância. Eles trafegam diariamente pelo trecho, indo à cidade ou transportando cargas e insumos. “A gente vai ganhar tempo, e tempo é dinheiro”, ensina Aparecido.

Sílvio Andrade - Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Edemir Rodigues

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