O Museu da Imagem e do Som (MIS), unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), em parceria com o curso de Audiovisual da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) promove de forma on-line e gratuita, na próxima quarta-feira (1º ), às 18h, um debate sobre o filme nacional “A Febre”, com o documentarista e sonoplasta do filme, Felippe Mussel, os organizadores e espectadores do projeto. O evento faz parte do II Ciclo de Cinema Brasileiro Contemporâneo, sendo direcionado para acadêmicos, cinéfilos e pessoas interessadas no assunto.
O projeto teve início no ano passado de forma presencial, mas devido a pandemia do Covid-19 foi suspenso. Agora, em função da necessidade de isolamento social, o II Ciclo de Cinema Brasileiro Contemporâneo está no formato on-line, trazendo para exibição importantes obras com a participação de atores, diretores e produtores com a mediação dos professores Vitor Zan e Júlio Bezerra, que também assinam a curadoria do projeto. A edição de 2021 teve três apresentações no primeiro semestre com Geraldo Sarno, Pedro Durães e com o coletivo de Cinema Negro de Campo Grande. O link do filme será liberado aos participantes antes de cada exibição.
O filme A Febre (Brasil/2019/drama/10anos/98’) é dirigido por Maya Da-Rin; roteiro também de Maya Da-Rin e Miguel Seabra, seu elenco principal é composto por atores indígenas do Alto Rio Negro, pertencentes aos Desanos, Tucanos e Tarianas, tendo sido para muitos deles a primeira experiência no cinema.
Sinopse
A Febre acompanha Justino, um índio de Manaus, Amazonas, que há 20 anos vive na cidade grande, trabalhando agora como segurança no porto local. Sua filha Vanessa trabalha em um posto de saúde e acaba de passar para a faculdade de Medicina, na Universidade de Brasília. Insegura entre seguir seu sonho e deixar seu pai, ela precisa ainda lidar com uma estranha febre que subitamente aparece. Paralelamente, uma série de estranhos ataques a animais ganha destaque na TV local.
Prêmios
O filme estreou na competição internacional do 72º Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, onde ganhou o Leopardo de Ouro de Melhor Ator para Regis Myrupu, o prêmio da crítica internacional da Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCI) e o prêmio Environment is Quality of Life concedido pelo júri jovem. Além do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno, Regis Myrupu também recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Brasília, tendo sido a primeira vez que um ator indígena é premiado em ambos festivais.
Serviço - Os interessados em participar dessa edição do II Ciclo de Cinema Brasileiro Contemporâneo devem enviar uma mensagem pelo WhatsApp no número (67) 98111-2407, e aguardar ser adicionado no grupo, onde será disponibilizado o link do filme para posterior debate.
Jefferson Ribeiro, FCMS
Foto: divulgação