Com calor intenso e baixa umidade do ar, cuidados são essenciais para manter saúde em dia

  • Saúde
  • Kamilla Nunes Ratier Camacho
  • 07/setembro/2024 5:20 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul
Calor em Campo Grande Foto Saul Schramm

Mato Grosso do Sul enfrenta ondas de calor intenso acompanhadas por um período de seca e baixos índices de umidade relativa do ar que podem chegar a menos de 12%, conforme alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Com o clima mais hostil, medidas de cuidado e prevenção são essenciais para manter a saúde em dia.

Esse cenário traz preocupações importantes sobre a saúde da população, como destaca a gerente do Vigidesastres (Programa de Vigilância em Saúde Ambiental Associada aos Desastres) da SES, Paula Therezo Cannazzaro Barros.

“É fundamental que a população tenha consciência dos impactos causados na saúde nesse período e siga as orientações dos órgãos de saúde e médicos, especialmente sobre a exposição solar, prática de exercícios físicos nos horários mais quentes, hidratação e os cuidados redobrados com crianças e idosos, que são mais vulneráveis”, aconselha.

Segundo o diretor-geral do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Dr. Paulo Eduardo Limberger, além do tempo seco e do calor intenso, os incêndios também contribuem para uma queda na qualidade do ar e para o aparecimento de doenças respiratórias.

“Além do risco de queimadas, que libera fumaça prejudicial ao sistema respiratório, o ar seco, por si só, pode provocar efeitos adversos na saúde”, disse.

Ele explica que pessoas que sofrem com problemas respiratórios, como asma, bronquite e alergias, podem ter seus sintomas agravados. “O ressecamento das mucosas facilita infecções oportunistas, como resfriados e gripes”.

Outro ponto importante a ser considerado é o ressecamento da pele. “O calor e a baixa umidade causam ressecamento da pele e dos lábios, resultando em pruridos, rachaduras e dermatites. O desconforto é comum e pode levar ao aparecimento de lesões”, explica Dr. Paulo reforçando a importância do uso de protetores solar e hidratantes.

Ele ainda alerta que o ar seco também pode causar irritações oculares e aumentar a susceptibilidade a infecções como conjuntivites. Um dos pontos principais que todos devem se atentar neste período é a hidratação.

A perda excessiva de líquidos é uma preocupação significativa, especialmente para crianças e idosos, que são mais suscetíveis à desidratação. Esse quadro pode levar a complicações graves se não tratado adequadamente. “Além do desconforto e da exacerbação de condições preexistentes, o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções e agrava a circulação de vírus, como o Rotavírus, que tem levado a um aumento nos atendimentos de saúde devido à desidratação”, completa.

Dicas de Prevenção e Cuidados

Para minimizar os efeitos adversos do calor e da seca, confira as orientações do médico:

1. Hidrate-se constantemente: Beber água regularmente é essencial, principalmente para crianças e idosos que podem não perceber a necessidade de se hidratar. Ofereça líquidos diversas vezes ao dia e monitore o estado de hidratação.

2. Evite atividades físicas nos horários mais quentes: Praticar exercícios ao ar livre deve ser evitado entre 10h e 16h, quando as temperaturas e a radiação solar estão mais elevadas.

3. Cuide da pele e lábios: Use hidratantes ricos em emolientes logo após o banho e durante o dia. Para os lábios, um protetor labial ajuda a prevenir rachaduras e desconforto.

4. Proteja os olhos: O uso de lágrimas artificiais pode aliviar a irritação ocular em ambientes secos.

5. Evite banhos quentes e longos: Prefira banhos curtos e frios para não remover a oleosidade natural da pele, que ajuda na proteção contra o ressecamento.

6. Umidifique os ambientes: Utilize umidificadores de ar para manter a umidade em níveis confortáveis (entre 40% e 60%). Essa prática alivia o ressecamento das vias respiratórias e da pele.

7. Ventile os ambientes: Embora a umidificação seja importante, garantir a circulação de ar fresco evita o acúmulo de alérgenos e melhora a qualidade do ar interno.

8. Soluções salinas nasais: O uso de soro fisiológico nas narinas ajuda a manter as vias respiratórias umedecidas, prevenindo irritações.

9. Cuidados com grupos vulneráveis: Crianças e idosos devem ser monitorados e estimulados quanto à hidratação e ao conforto em ambientes secos.

Essas medidas ajudam a mitigar os efeitos adversos do calor extremo e da baixa umidade, protegendo a saúde da população de Mato Grosso do Sul durante esse período crítico.

Joilson Francelino, Comunicação HRMS
Foto: Saul Schramm

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