HRPP comemora 1ª transferência de prematuro já medicado com remédio essencial

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  • 25/julho/2017 8:00 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Ponta Porã (MS) - Médicos e enfermeiros do Hospital Dr. José de Simone Netto (Hospital Regional de Ponta Porã - HRPP) estão comemorando a primeira transferência de um bebê recém-nascido prematuro já surfactado. O surfactante pulmonar é um líquido que atua nos alvéolos de forma a permitir a respiração em todos os seres vivos que respiram pelos pulmões. Quando não há a presença do surfactante, os alvéolos diminuem de tamanho, ao ponto de causar a impossibilidade de respirar. Bebês prematuros não contém o surfactante em seus pulmões, e por isso é necessário que logo ao nascer, a equipe médica dê ao bebê o surfactante para que ele consiga respirar sozinho.

Por isso, no caso do bebê prematuro nascido no HRPP, a disponibilidade do medicamento alfaporactanto (surfactante) foi imprescindível para que ele pudesse continuar respirando e chegasse com vida até a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Universitário de Dourados.

Marcela Peluffo, farmacêutica responsável pelo setor no Hospital Regional, afirma que a disponibilidade do medicamento representa um avanço, porque anteriormente não havia grande parte dos remédios para atender a demanda de atendimentos. “Nós fizemos uma Comissão de Farmácia e Terapêutica no Hospital, composta pelo farmacêutico, médicos, enfermeiros, representantes da UTI e Núcleo de Segurança do Paciente e do Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Fizemos um relatório do que tínhamos na farmácia, mas cada profissional anexou quais medicamentos não eram oferecidos aos pacientes e que eram essenciais para salvar vidas, entre eles o surfactante. Feito isso, avaliamos esses produtos e fazemos a solicitação de compra junto ao Gerir, organização social que administra o Hospital”, explicou.

O pequeno Henrique Eduardo nasceu de parto normal dia 15 de julho. Para a mãe Lilia Martinez Dias, 24 anos, foi um susto saber que o filho estava passando por essa dificuldade de respirar logo ao nascer. “Fiquei com muito medo, mas recebi todo suporte da equipe de enfermeiros obstetras e também do médico. Sei que ainda não posso levar meu bebê para casa, mas é muito gratificante vê-lo bem e podendo se alimentar do meu leite mesmo em uma UTI. Se ele está vivo, é porque recebeu o que precisava logo quando nasceu”, conta.

“Hoje temos condições de dar mais segurança a um recém-nascido nos seus primeiros minutos de vida, mesmo que esse precise de transferência. Temos uma equipe qualificada de enfermeiros e médicos obstetras, e a medicação necessária para a sobrevivência dos pacientes, inclusive de bebês prematuros como é o caso do pequeno Henrique Eduardo”, completou o diretor do Hospital Regional de Ponta Porã, Dr. Mário Cesar Bitencout Madureira.

Texto e foto: Leonardo Cremer - Hospital Regional Dr. José de Simone Netto

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