Especialista orienta para cuidados respiratórios em meio a pandemia de coronavírus e estiagem

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  • 30/março/2020 6:00 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Nos meses de outono e inverno as doenças respiratórias costumam se agravar

Campo Grande (MS) – Comum nos meses de outono e inverno, a baixa umidade do ar reduz a hidratação dos pulmões, agravando a situação de quem tem problemas como asma, bronquite e pneumonia. Neste ano as estações têm o agravante do Coronavírus, que em casos críticos, ataca diretamente o aparelho respiratório. Em entrevista para o Portal MS o médico pneumologista, Henrique Brito reforça as determinações de autoridades médicas, e orienta para os cuidados respiratórios necessários em tempos de pandemia.

Dr. Henrique lembra que além do Covid-19 há outros vírus respiratórios que se disseminam nesta época do ano. “Assim como o Coronavírus, nós temos outros vírus respiratórios, entre eles a Influenza H1N1, a gripe sazonal, entre outros tipos de vírus e bactérias. Precisamos lembrar que pessoas que tem doenças respiratórias prévias, elas têm uma tendência maior a ter esses tipos de afecções”.

Para saber diferenciar os sintomas de problemas respiratórios pré-existentes com os do Covid-19, o médico é enfático. “Em geral, as doenças respiratórias como, asma, enfisema, rinite, doenças alérgicas, bronquiectasia, fibrose pulmonar, elas cursam com graus variados de falta de ar. Se a pessoa já tem uma doença respiratória, é importante ela se conhecer, saber qual é o limite da doença pulmonar dela”.

O sinal de agravamento de sintomas pode ser identificado através da elevação da temperatura corporal. “A febre é um marcador que a gente precisa ficar mais atento. Se tiver essa combinação de febre com um agravamento de uma falta de ar pré-existente, é necessário procurar atendimento médico”, alerta.

Médico pneumologista Henrique Ferreira de Brito

Manter a carteira de vacinação em dia é um ponto importante, conforme o pneumologista. “Pessoas que tem as doenças respiratórias elas têm indicação de tomar a vacina para a gripe. Não é vacina para o coronavírus, é para gripe. Que pega a influenza A H1N1, a influenza A H3N2, e dois tipos da influenza B, ou um tipo só dependendo da vacina que você vai tomar”, explica destacando a importância de consultar o calendário vacinal conforme os grupos prioritários ou seguir indicação médica.

Sobre medidas preventivas ao Coronavírus, ele reforça o pedido. “É importante que se diga da necessidade da quarentena. Ficar em casa! E porque ficar em casa? Ao sair de casa, eu estou me expondo, e expondo a mim e a minha família. Porque eu posso sair e voltar com o vírus, e trazer ele para dentro do meu domicilio. É importante ter essa noção de coletividade. Por mais que você tenha a saúde boa, as pessoas ao seu redor podem ter a saúde mais debilitada. Enquanto em você a doença vai ser mais leve, nas outras pessoas pode ser mais grave”, avalia.

O especialista lembra de medidas simples que podem proteger a população, como lavar as mãos, uso de álcool em gel, usar umidificador, trocar o filtro do ar condicionado, alimentação balanceada, sono regular, pratica regular de algum tipo de atividade física, e lavar as narinas com soro fisiológico para umidificar as mucosas. E aponta que quem já possui doenças previas pulmonares precisa manter o acompanhamento médico e tratar a doença respiratória.

Outro ponto lembrado pelo especialista foi sobre o uso de máscaras, que são recomendadas apenas para profissionais de saúde, ou para quem está com sintomas respiratórios, como tosse, espirro, coriza, dor no corpo e febre. “Vale sempre a etiqueta respiratória. Se não estou com máscara devo cobrir minhas secreções. Usando os braços para evitar. Porque o braço? Porque a mão se eu tossir na mão posso colocar ela em algum lugar e repassar o vírus”.

Para os próximos meses, a climatologia indica pouco volume de chuva e baixa umidade do ar. A situação que pode potencializar os sintomas de doenças respiratórias pré-existentes, e o especialista alerta para a necessidade de manter o corpo hidratado, como forma de manter as defesas do organismo contra vírus, bactérias fungos, ácaros e poeira.

“Quando o ar externo vem mais seco, quem tem a função de umidificar ele na entrada do nosso organismo, são as mucosas respiratórias e elas estão ressecadas porque o corpo muitas vezes desidrata, pois, não tomamos a quantidade de água suficiente. Além disso é importante manter esse grau de hidratação, pois a mucosa respiratória tem uma função de linha de frente no combate aos agressores externos”, pontua.  

 

Mireli Obando, Subsecretaria de Comunicação

Foto: Arquivo 

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