O Parque das Nações Indígenas foi palco, neste domingo (9), da terceira edição do Festival de Verão, evento que tem como objetivo democratizar o acesso às atividades físicas ao ar livre. A iniciativa marca a abertura do calendário da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura).
Titular da Setesc, Marcelo Miranda destacou a importância do Festival de Verão 2025 para ampliar o acesso às práticas esportivas e incentivar a população a encontrar uma modalidade que se adeque à sua realidade e condição física.
“Já é um evento consolidado que tem como objetivo motivar as pessoas para a prática de atividades físicas. Temos índices assustadores de sedentarismo em Mato Grosso do Sul, mesmo com o clima agradável e parques maravilhosos como este. Queremos incentivar as pessoas e mostrar a diversidade de opções existentes. Dependendo dos problemas de saúde ou da condição física, é possível encontrar uma atividade que seja prazerosa. Nossa esperança é que a prática esportiva seja incorporada no dia a dia para proporcionar mais qualidade de vida”, ressaltou.
As atividades tiveram início às 7 horas, com a corrida em alusão ao Dia das Mulheres, que reuniu mais de 800 participantes, incluindo integrantes do Corpo de Bombeiros, do Exército Brasileiro e da Polícia Militar.
A professora Cristiane Bonfim, de 45 anos, demonstrou entusiasmo em participar das atividades do festival. Já praticante de CrossFit e corrida, ela fez questão de estar presente na prova feminina.
“Acho muito importante buscarmos qualidade de vida e participarmos desses eventos, trazendo a família e unindo natureza, saúde e diversão. Pratico corrida há um ano. Minha primeira prova foi no ano passado, justamente nessa corrida feminina, então esta é minha segunda participação. Comecei a correr para aliviar o estresse do dia a dia, gostei e segui em frente. Não faço treinamento específico, mas incluo a corrida na minha rotina semanal e participo de algumas provas”, relatou.
Oficinas
O Festival de Verão 2025 ofereceu diversas atividades, como ioga, capoeira, malabarismo, canoagem, arco e flecha, fitdance, hitbox e crossfit, entre outras. Uma das novidades desta edição foi a inclusão do wrestling (luta olímpica). O presidente da FWMS (Federação de Wrestling de Mato Grosso do Sul), Agnaldo Pereira dos Santos, enfatizou que o evento foi uma excelente oportunidade para divulgar a modalidade.
“É muito interessante que as pessoas possam conhecer nossa modalidade, tirar dúvidas e se envolver. Muitos perguntam o que é, como funciona, e isso gera curiosidade, especialmente entre as crianças. Tivemos muitas delas se interessando e querendo praticar. O festival também conta com atividades de malabarismo e ginástica, que fazem parte da luta e chamam a atenção dos pequenos”, explicou.
Outra modalidade que despertou grande interesse foi a canoagem. A estudante Luara Vilalba, de 17 anos, participou pela primeira vez do festival e ficou encantada com a variedade de atividades disponíveis.
“Nunca tinha experimentado a canoagem, então no início fiquei um pouco confusa, mas os professores ajudaram e eu gostei bastante. Pretendo continuar no esporte. Esses eventos são importantes porque chamam a atenção da comunidade para participar. Todo mundo se une através do esporte, que é saúde. A atividade física sempre esteve presente na minha vida. Sou dançarina há 14 anos, jogo vôlei e vôlei de areia, e já pratiquei muay thai e fitdance. Quando vi o post no Instagram, pensei: ‘Nossa, é um lugar perfeito, não posso perder!’”, relatou.
Com mais de sete anos de experiência na prática de ioga, Dyoni de Arruda Pereira, 64 anos, destacou os benefícios da atividade para a qualidade de vida.
“Sempre fui uma pessoa de bem com a vida, e a ioga só veio complementar isso. Me tornei uma pessoa melhor depois que comecei a praticar. Nunca mais parei. Venho todo domingo pela manhã. Quando a prática é ao ar livre, a energia é completamente diferente. Somos pura energia, e quando estamos na natureza, saímos renovados e equilibrados. O ser humano precisa estar sempre preparado física, mental e espiritualmente. Sempre fiz exercícios físicos e, agora, com 64 anos, a ioga se tornou a modalidade perfeita para mim, pois é de baixo impacto e me ajuda muito”, disse.
Bel Manvailer, Comunicação Setesc
Fotos: Daniel Reino/Setesc