Com foco no desenvolvimento urbano sustentável, teve início nesta quinta-feira (5), em Campo Grande, a 7ª Conferência Estadual das Cidades. O evento, promovido pelo Governo de Mato Grosso do Sul por meio da Agehab (Agência de Habitação Popular), ocorre no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo e se estende até sexta-feira (6).
Presente na abertura, o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, afirmou que o encontro marca um momento de diálogo e articulação entre governo e sociedade. “É uma honra participar da abertura da 7ª Conferência Estadual das Cidades, um espaço essencial para a construção coletiva”, declarou.
Segundo Alcântara, Mato Grosso do Sul passa por um ciclo de crescimento acelerado, com investimentos privados em áreas como logística, bioenergia e celulose.
Ele destacou, porém, que o avanço econômico precisa estar atrelado ao planejamento urbano. “O desenvolvimento econômico só é completo quando acompanhado de cidades bem planejadas, com habitação digna, saneamento universalizado, mobilidade eficiente e sustentabilidade ambiental. Não podemos repetir os erros do passado, quando o crescimento aconteceu à margem do planejamento, resultando em desigualdades e exclusão.”
A diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani, defendeu uma abordagem integrada para a formulação de políticas públicas. “Precisamos de cidades mais inclusivas, que considerem aspectos como meio ambiente, mobilidade, justiça social e qualidade de vida urbana”, afirmou.
Ela citou o programa Minha Casa Minha Vida como exemplo positivo. “Tem sido eficaz, especialmente na escolha de terrenos bem localizados, com acesso a saneamento, educação, comércio e serviços básicos”.
A vice-prefeita de Campo Grande, Camila Nascimento, destacou o protagonismo dos municípios na implementação de políticas urbanas. “As cidades estão na linha de frente, ouvindo e acolhendo as demandas da população. É o único estado brasileiro com 100% de cobertura municipal, e isso tem reconhecimento nacional”, disse. Ela também enalteceu o fato de Mato Grosso do Sul ter realizado conferências municipais em todos os seus 79 municípios.
Representando o Conselho Nacional das Cidades, o diretor Victor Monteiro de Andrade ressaltou a relevância do evento diante da tramitação do projeto de lei que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), atualmente no Senado.
“Vivemos um momento importante para o debate urbano. As conferências estaduais e municipais são espaços essenciais para coletar sugestões técnicas e públicas que serão levadas à Conferência Nacional”.
Segundo ele, o objetivo é consolidar propostas capazes de influenciar a legislação federal. “Queremos garantir um projeto abrangente para todas as cidades e estados do país.”
Monteiro reforçou a necessidade de participação institucional ampla, incluindo Executivo, Legislativo, Judiciário e entidades como a Caixa Econômica para garantir a efetivação de direitos e a dignidade do povo brasileiro.
A Conferência Estadual das Cidades vai eleger os delegados que representarão Mato Grosso do Sul na etapa nacional, prevista para o segundo semestre de 2025.
Alexsandro Nogueira, Comunicação Seilog
Fotos: Chico Ribeiro/Seilog
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