Governo e entidades debatem construção de programa de recuperação de áreas degradadas

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  • 20/maio/2015 2:58 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

 

Campo Grande (MS) – O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), discute com entidades ligadas ao setor produtivo a construção do programa que tem como meta a recuperação de dois milhões de hectares de áreas degradadas em um prazo aproximado de cinco anos, através do trabalho conjunto com entidades ligadas ao setor produtivo e projetos convergentes. A Sepaf convocou entidades ligadas ao setor para contribuírem com o plano. Nesta quinta-feira, às 9h, eles estarão reunidos na secretaria para confrontar as varias ideias e dar acabamento ao programa. A intenção é lançar o projeto em junho.

Embora alguns produtores e criadores trabalhem a recuperação ou renovação de pastagens nas diversas regiões produtoras, a velocidade desse processo ainda é insuficiente para que as demandas de produção do Estado, e até mesmo nacional e mundial possam continuar sendo supridas.

Assim, considerando sua forte vocação agrícola, destacada posição no cenário nacional - tendo produtividades de soja e milho próximas da média do País – sua rede armazenadora com capacidade para 7,7 milhões de toneladas de grãos, Mato Grosso do Sul se consolida como um grande celeiro e como tal, assume a missão de dar celeridade e ritmo ao crescimento da produtividade de grãos no Centro-Oeste, apresentando um projeto que pode vir a servir de modelo.

Os mais de nove milhões de hectares de áreas degradadas, onde predominam as áreas de pastagens, foram utilizados como base para formatação deste programa que deve levar para o campo soluções de resultado com baixo custo.

Colocado em prática no Estado sob gestão da Sepaf, em parceria com instituições mais diretamente envolvidas técnica ou financeiramente, o programa foi formatado com base nas recomendações do zoneamento ecológico econômico do Estado e, por consequência, nas diretrizes apresentadas pelo governador Reinaldo Azambuja, no ato dos ‘100 dias’, onde foram destacadas: a busca pelo fortalecimento das cadeias produtivas, em harmonia com o meio ambiente; a utilização de tecnologias já testadas e acessíveis, o aproveitamento máximo das ofertas do meio físico, o respeito ao trabalho e desenvolvimento social, a valorização dos conhecimentos e tradições locais e a ampliação da oferta de alimentos seguros.

Pesquisas dão conta de que para suprir a demanda em 2050 - quando a população mundial poderá chegar aos nove bilhões e será preciso ampliar em 100% a capacidade de produção - torna-se imprescindível a realização de um trabalho continuo de recuperação de áreas.

Assim, acreditando que o Estado deve fazer a sua parte, com planejamento sério e ações continuas, o estimulo a prática de sistemas de: Integração Lavoura Pecuária (ILP), Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Integração Pecuária Floresta (IPF) serão o carro chefe do programa.

Esses sistemas se mostram ainda mais oportunos, quando avaliados os números apresentados pela Embrapa, que dão conta de que a capacidade de ampliação de área do País é de apenas 29% e os resultados de recente pesquisa deste instituto que apresenta uma ampliação em cinco vezes da lotação animal em solo recuperado com a técnica de ILP. E ainda quando observadas às questões ambientais e de preservação que a cada dia tornam a ampliação de áreas um tema cada vez mais complexo.

Paralela às ações executadas diretamente no campo, o Governo deve anunciar quando do lançamento do programa, uma série de medidas, que irão colaborar para o cumprimento da meta, como: a recuperação e manutenção da malha viária, a instalação de unidades armazenadoras, disponibilização de patrulhas mecanizadas, possíveis incentivos fiscais e para aquisição de maquinas e equipamentos, entre outras.  Para o produtor que aderir, o Governo deve oferecer alguns incentivos, inclusive ambientais, que também ainda estão em discussão.

RESULTADOS

O Governo do Estado espera obter, do ponto de vista econômico, um incremento a produção, do ponto de vista ambiental, a redução da emissão de gases de efeito estufa e do ponto de vista social, a geração de empregos, qualificação de mão de obra, ampliação da renda nas propriedades rurais e melhoria da qualidade de vida da população de um modo geral.

Ainda encontra-se em fase de estudos, a forma como serão executadas algumas ações de implementação do programa, como seriam: a mobilização dos produtores para apresentação das vantagens e viabilidade, a habilitação e cadastro destes através de sistemas já existentes e ainda o seu custo final.

 

Kelly Ventorim, Assessora de Comunicação da SEPAF

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