Campo Grande (MS) - Pelo menos 120 pessoas, entre técnicos e produtores agropecuários, participaram nesta quinta-feira (25), em Campo Grande, do I Seminário do Programa Terra Boa, que detalhou o funcionamento do Programa Estadual de Recuperação de Pastagens Degradadas. Promovido pelo Governo do Estado, com participação do Banco do Brasil e da Famasul, o seminário tirou dúvidas sobre a execução, objetivo e adesão ao programa.
“Um trabalho focado na assistência técnica, em pessoas que trabalham com os produtores”, explicou o coordenador do Terra Boa, Rafael Alves.
Segundo Alves, Mato Grosso do Sul possui aproximadamente 16 mil hectares de pastagens cultivadas. Desse total, cerca de oito milhões (50%) possuem algum nível de degradação. Para reverter esse cenário, aumentar a produção e elevar a renda do agronegócio, o Governo do Estado lançou em março desse ano o Programa Terra Boa, que tem como meta recuperar cerca de dois milhões de hectares de pastagens degradas, em um prazo de cinco anos, por meio da integração pecuária/lavoura, pecuária/lavoura/floresta e pecuária/floresta.
“Não é problema simples de resolver”, disse o coordenador do programa ao pontuar diversos fatores necessários para recuperação de pastagens. “Entre eles a vontade do produtor, a conscientização de que ele tem que mudar, recursos financeiros, conhecimento, infraestrutura, logística e muitos outros”, classificou. Nesse contexto, o Governo do Estado, por meio de diversas secretarias, vem trabalhando a disseminação do programa para a elevação da qualidade e da quantidade da produção sul-mato-grossense.
Para o secretário de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, o principal desafio desse trabalho é a sensibilização do produtor, especialmente o pecuarista. “Estamos atuando em ações no sentido aproximar o agricultor do pecuarista para que se estabeleça uma parceria e ele [pecuarista] consiga recuperar sua pastagem. Com isso, melhoramos os níveis de produtividade, aumentando a área cultivada com lavoura no Estado e aumentando nossa produção de carne de qualidade”, falou.
Como exemplo, Lamas citou a produção pecuária na região leste de Mato Grosso do Sul, onde em um hectare se produz cerca de seis arrobas de carne por ano. “Com a recuperação da pastagem, utilizando a integração lavoura/pecuária, nessa região, a produtividade salta de seis para 14 arrobas de carne por hectare/ano”, garantiu.
Também participaram do seminário o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, tratando sobre o Fundo de Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que tem priorizado a aprovação de projetos alinhados à política de desenvolvimento sustentável do Governo de Mato Grosso do Sul; e o superintendente estadual do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Souza, que falou sobre as diversas linhas de financiamento para o setor rural, inclusive para projetos vinculados ao Terra Boa.
Bruno Chaves, da Subsecretaria de Comunicação | Fotos: Chico Ribeiro.