Grupo de Trabalho dá largada à criação da Casa de Direitos LGBTQIA+ em MS

  • Inclusivo
  • Paula Maciulevicius de Oliveira Brasil
  • 18/junho/2025 5:30 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Com o compromisso firmado entre diferentes esferas do poder público e da sociedade civil, Mato Grosso do Sul segue no planejamento da Casa de Direitos da População LGBTQIA+, uma política pública inédita no Estado, voltada à promoção da cidadania, da dignidade e do respeito à diversidade.

A primeira reunião do Grupo de Trabalho responsável pela validação do modelo de funcionamento da Casa marcou oficialmente o início desta etapa do planejamento. O encontro reuniu, no dia 16 de junho, representantes de secretarias estaduais e municipais, além de instituições e do Conselho Estadual LGBTQIA+, na Secretaria de Estado da Cidadania.

A instalação do GT é respaldada pela Resolução Normativa Nº 06, de 15 de maio de 2025, e tem como missão aprovar o modelo de implantação da Casa de Direitos, definir metodologias de atuação, periodicidade das reuniões, responsabilidades institucionais e levantar dados e subsídios técnicos que vão subsidiar as próximas etapas.

Encontro realizado na Secretaria de Estado da Cidadania, nessa segunda-feira (16), marca início oficial dos trabalhos do GT. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

A missão da Casa é promover articulação intersetorial para fortalecer a cidadania, ampliar a participação social e garantir acesso equitativo aos serviços públicos da população LGBTQIA+. 

Na abertura do encontro, a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, reforçou o papel do governo estadual na construção de políticas públicas que enfrentem desigualdades estruturais.

“É uma honra iniciar esse GT. O governador Eduardo Riedel sempre nos provoca a pensar políticas públicas que incluam, e a gente sabe que quando se trata da comunidade LGBTQIA+, muitas vezes os direitos ficam à margem da margem. A proposta da Casa de Direitos nasce justamente para mudar essa lógica, é uma política pública nova no Estado e que precisa ser construída a muitas mãos, com protagonismo da sociedade civil, do conselho, do sistema de justiça e das secretarias. Não é um projeto de cima para baixo. É uma pauta que vem da base, que nasce da escuta e do afeto, para que se transforme em política de Estado”, ressaltou Viviane. 

O subsecretário de Políticas Públicas LGBTQIA+, Vagner Campos, também destacou o caráter histórico da iniciativa e sua conexão com um ciclo de avanços construído no Estado ao longo dos últimos anos, como MS ter criado a primeira Subsecretaria LGBTQIA+ do País, além de ter um Conselho Estadual atuante e o Centro Estadual de Cidadania LGBTQIA+.

“Agora damos mais um passo com a Casa de Direitos, que será o espaço para as nossas rodas de conversa, nossas escutas, nossos seminários e mobilizações que se traduzirão em retorno concreto de políticas que impactam diretamente a vida da população. Esse é um momento histórico para Mato Grosso do Sul, e a Casa de Direitos será esse símbolo: o Estado ouvindo, acolhendo e respondendo à sociedade civil com políticas efetivas”, completou Vagner.

Intersetorialidade e participação

Em reunião, SEC apresentou a missão da Casa: promover articulação intersetorial para fortalecer a cidadania, ampliar a participação social e garantir acesso equitativo aos serviços públicos da população LGBTQIA+. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

O Grupo de Trabalho é formado por representantes da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), Subsecretaria LGBTQIA+, Secretaria de Saúde (SES), Assistência Social e Direitos Humanos (SEADH), Administração (SAD), Governo (SEGOV), Fazenda (SEFAZ), Infraestrutura e Logística (SEILOG), Assistência Social Municipal (SAS), Ministério Público Estadual, Defensorias Pública Estadual e da União, além do Conselho Estadual LGBTQIA+.

A composição prevista na resolução normativa reforça o caráter intersetorial da proposta e assegura que a política pública seja pensada de forma democrática, ampliada e com base na realidade dos territórios e vivências LGBTQIA+ em Mato Grosso do Sul.

Superintendente de Planejamento e Articulação Institucional da SEC, Luciana Zanela, explica que a proposta é estruturar uma política permanente de acesso equitativo a direitos, e não apenas uma resposta pontual à vulnerabilidade.

“A Casa não nasce como resposta assistencial, mas como política pública estruturante, que rompe com a lógica do socorro pontual e passa a garantir pertencimento, inclusão institucional e presença do Estado como direito de todas as pessoas”, destacou. 

Participaram da reunião do GT o secretário-adjunto de Estado da Cidadania, José Francisco Sarmento Nogueira, a superintendente de Planejamento e Articulação Institucional da SEC, Luciana Shirley Pereira Zanela, o subsecretário de Políticas Públicas para População LGBTQIA+, Vagner Campos, a técnica do Conselho Estadual de Cidadania LGBTQIA+, pelo Conselho Estadual LGBTQIA+ de MS, Bel Silva e João Fernando dos Santos Vilela, pela Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), Giovana Schubach Savelli, pela Defensoria Pública de MS, a defensora Regina Célia Rodrigues Magro, pelo Ministério Público do Estado de MS, o promotor Murilo Hamati Gonçalves, pela SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), Luiz Barbosa de Oliveira Júnior, da Segov (Secretaria de Estado do Governo e Gestão Estratégica), Paulo Victor dos Santos Oliveira, da SAD (Secretaria de Estado de Administração), Marcos Antônio Moraes, pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), Aparecida Queiroz Zacarias Silva, e pela Defensoria Pública da União, Silvio Rogério Grotto de Oliveira. 

Composição de GT intersetorial mostra que proposta nasce da escuta, do afeto e, principalmente, da base para se consolidar como um política pública de Estado. (Foto: Matheus Carvalho/SEC)

Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania

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