Hábito, gosto ou fuga: feira do livro do Rede Solidária revela motivos que crianças encontram para ler

  • Geral
  • Paulo de Camargo Fernandes
  • 05/maio/2017 5:18 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) - Sentada num canto da biblioteca do Rede Solidária, Estrela* chama a atenção pela concentração que emprega ao ler um gibi. Do lado de fora da sala, música, dança e centenas de crianças brincando ao mesmo tempo. Nada atrapalha a atenção da menina.

Nas mãos dela a história de "Chico Bento em: A árvore da vida". Interrompida pelo repórter curioso com a cena, a garota de 11 anos explica: "ler leva a mente da criança para um lugar que não é daqui, para um lugar da imaginação".

Ao comentar o gosto pela literatura com a maturidade de um adulto, Estrela dá sinais do que a vida pode reservar para muitas pessoas. "Ler faz com que a gente se afaste de todos os problemas". Questionada sobre as adversidades que uma criança poderia enfrentar, a menina, séria, responde: de família.

Os motivos para a criança adquirir o hábito da leitura são diversos, e para resgatar esse costume em jovens carentes dos bairros Noroeste e Dom Antônio Barbosa, onde o Governo do Estado mantém o projeto social Rede Solidária, foi realizada nesta sexta-feira (5.5) a feira do livro.

"A leitura faz bem para a fala, para não escrever errado", afirma o menino Kayke, de 10 anos. "Gosto de ler desde criança, aprendi com minha mãe e meu pai", diz ele, que no mundo da imaginação desbravava a história "Dia das bruxas, da Turma da Mônica".

Cerca de 500 crianças participam da ação. Entre as atividades, gincanas, competições e apresentações de leitura, dança, teatro e sarau. Momentos antes de encenar a peça "Os Saltimbancos", Flávia, de 13 anos, faz mistério sobre a dramatização do grupo. "Uma adaptação pra realidade do Rede Solidária".

Kayke conta que o último livro que leu foi "O menino que queria voar".

Campanha de doação

A feira do livro do Rede Solidária marca a campanha "Doe futuro, doe livros", que objetiva arrecadar dois mil exemplares para as bibliotecas do projeto social. O prazo para doações encerraria nesta sexta-feira, mas devido a pouca quantidade de obras arrecadadas a data para entregas foi estendida.

Os livros infantis para doação podem ser entregues nas unidades do Rede Solidária do Jardim Noroeste (Rua da Conquista, 683) e do bairro Dom Antônio Barbosa (Rua Adelaíde Maia Figueiredo, 1879), ou na Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), localizada no Parque dos Poderes, bloco III.

A campanha segue até 31 de maio. Doações de qualquer tipo de livro são bem-vindas. Informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3344-0871.

Flávia (de laranja) seu grupo antes da dramatização de "Os Saltimbancos".

*O nome da entrevistada foi trocado para preservar sua identidade.

Bruno Chaves - Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Edemir Rodrigues

 

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