Investimentos em infraestrutura e equipamentos são apresentados no Seminário da Rota Bioceânica

  • Rota Bioceânica
  • Alexandre Carvalho Gonzaga
  • 19/fevereiro/2025 3:17 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Representantes do Chile, Argentina e Paraguai discutiram o avanço de obras em infraestrutura hoje (19) durante o Seminário Internacional da Rota Biocêanica e 6º Foro de Los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico, que acontece em Campo Grande.

As autoridades apresentaram, além do cronograma em dia de estradas e trechos de interligação entre os  três países, outros investimentos em equipamentos que estão sendo projetados como ampliação de terminais portuários, centros de logística e distribuição.

O mediador do painel, ministro da carreira diplomática do MRE (Ministério das Relações Exteriores), João Carlos Parkinson de Castro, iniciou o evento dizendo que o tema  traz e provoca grandes transformações. "A infraestrutura leva transformações econômicas, valoriza o desenvolvimento local, ativa regiões que estavam isoladas, e potencializa outras que estavam um pouco adormecidas. A infraestrutura tem um impacto de transbordo”. 

Estudioso e entusiasta da Rota, o ministro Parkinson expôs que o corredor rodoviário abre oportunidades no Estado, no Centro-Oeste do Brasil e que se aplicam também às regiões da Argentina, Paraguai e Chile. 

"Isso implica em profundas transformações na organização empresarial.  As empresas terão de ser adequadas, não poderão ser unicamente produtoras, mas passarão a ser também exportadoras e importadoras", previu o diplomata brasileiro. 

 Ainda segundo o ministro Parkinson, “a infraestrutura movimenta cargas, facilita também o acesso aos territórios, promovendo não só uma melhor oferta de serviços, mas também de incentivo ao turismo", garantiu. O ministro aproveitou para lembrar que a integração latino-americana também deve acontecer por meio da ligação de malhas ferroviárias entre os países, que podem abarcar um volume muito maior de mercadorias.  

Arnold Wies Durkesen, representante do Paraguai e ex-ministro de Obras Públicas (2018 a 2022), discorreu sobre o cronograma das obras em seu país, que inclui pontes e estradas interligando à Argentina, Chile e Bolívia. 

“Eu diria que o Paraguai terá suas obras de infraestrutura finalizadas até o final de 2026. Há outras obras adicionais como a ponte que os irmãos argentinos conhecem entre Missión La Paz e Pozo Hondo. O projeto está em andamento para a construção de uma nova ponte conectando as localidades”, descreveu.  

Ricardo Varas, representante do Chile, da região de Iquique, apresentou, por exemplo, a evolução do novo centro logístico de La Negra, em  Antofagasta, que está em fase de pavimentação. Nesse território se concentram 52% da produção nacional de cobre, assim como a exploração de salitre e lítio no Salar de Atacama.

O representante de Salta, na Argentina, Nicolás Alexis Sivila, falou sobre obras em várias rodovias nacionais como a 51 e 54, rotas que se dirigem ao Chile. Nicolás também acrescentou investimentos na malha ferroviária presente em Salta. 

O Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico reúne cerca de 1.400 participantes, vindos de 22 países das Américas, Europa, África e Oceania. A realização é do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com o apoio  da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sebrae, Águas Guariroba e Energisa.

Amanhã (20), último dia do evento, serão  apresentadas as atas das oito comissões técnicas do 6º Foro e divulgada a “Carta de Campo Grande”, documento que consolida os principais encaminhamentos.

Alexandre Gonzaga, Comunicação do Governo de MS
Fotos: Álvaro Rezende

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