Maternidade do HRPP registra aumento de 14% no número de partos normais

  • Geral
  • 17/abril/2018 9:00 am
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Dados foram apresentados durante audiência pública em Campo Grande sobre humanização do parto no HRPP, que tem se destacado pelo atendimento às gestantes e seus bebês.

Ponta Porã (MS) - Foi registrado aumento de 14% no número de partos normais realizados na maternidade do Hospital Regional Dr. José de Simone Neto (Hospital Regional de Ponta Porã - HRPP). Em comparação entre o primeiro trimestre de 2017 e de 2018, houve a redução de 47% do número de cesáreas.

Os dados foram demonstrados na audiência pública realizada em Campo Grande este mês. O convite foi feito pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren) e a diretora de Enfermagem do HRPP, Giulia Brey, apresentou as informações e o modelo de gestão que contribuiu para o aumento de partos normais e a humanização dos partos na maternidade.

O HRPP é credenciado pelo projeto Rede Cegonha, programa do Sistema Único de Saúde (SUS) que propõe a melhoria do atendimento às mulheres durante a gravidez, parto e o pós-parto, e também ao recém-nascido e às crianças até dois anos de idade.

Giulia Brey explicou que, no início da implantação do projeto, tiveram que mudar o quadro de funcionários, além de realizar diversas capacitações para adequação às portarias e diretrizes.

“Logo que o hospital passou a ter uma nova gestão, nos empenhamos muito para que o serviço prestado às gestantes melhorasse, já que antes não tínhamos nem medicamento de indução de parto. Hoje temos uma equipe formada por enfermeiros obstetras empenhados em atender a mulher na sua totalidade, respeitando o corpo dela, tempo e vontades”, conta a diretora de Enfermagem.

 

Equipamentos para diminuir a dor da mulher na hora do parto como bola de pilates, barra de apoio e som são utilizados pela equipe do HRPP.

Ela também ressalta que a humanização tem feito aumentar os números de partos normais. "Aqui a gestante tem suas vontades respeitadas, ela pode trazer um acompanhante de livre escolha de acordo com a Lei Nº 11.108, pode parir da forma que se sentir mais confortável. Assim que o bebê nasce, temos a hora de ouro, em que o bebê vai direto para o contato pele a pele com a mãe, onde é amamentado na primeira hora de vida e fazemos o corte do cordão tardio, o que permite que o recém-nascido receba nutrientes importantes na primeira hora de vida”.

Julia Paola Arteta, teve a segunda filha de parto normal na maternidade do HRPP, e elogiou o atendimento que teve durante o parto. “Eu tive meu primeiro filho há 11 anos atrás aqui no hospital e o atendimento mudou completamente. Agora nesse meu segundo parto, as enfermeiras foram muito atenciosas, tive liberdade para ficar na posição mais confortável, fiquei uma hora embaixo do chuveiro quente, pois aliviava a minha dor. As enfermeiras orientaram a minha mãe a fazer massagem em mim, também recebi remédios para acelerar meu parto, pois estava muito cansada já. Só tenho a agradecer, pois antigamente não era assim”, contou.

A mãe de Julia, Ramona Rios, acompanhou o parto de perto e comentou que se sentiu muito feliz em poder participar deste momento. “Fiquei o tempo todo com a minha filha, as enfermeiras vinham a todo instante verificar se estava bem. Me ensinaram a fazer massagem para aliviar a dor dela e o médico muito querido perguntou se eu queria cortar o cordão umbilical, o que foi muito emocionante para mim. Assim que nasceu, meu neto já mamou e ficou junto a minha filha”, lembrou.

Humanização do Parto

A maternidade do HRPP, conta com uma equipe de quatro enfermeiros obstetras, constantes capacitações e educação continuada sobre humanização e partos. Equipamentos para diminuir a dor da mulher como a bola de pilates, barra de apoio e som também são utilizados. A coordenadora de Enfermagem da Obstetrícia e Pediatria, Dyolla Grance, enfatizou a importância de um enfermeiro especialista na maternidade.

“O Estado apoia a inserção dos enfermeiros obstétricos nas maternidades, pois temos uma visão mais ampla e mais humana da mulher no período gestacional e do bebê que ela está gerando e, assim, conseguimos ter uma visão integral da mulher. Evitamos o máximo as intervenções, porque nosso objetivo é respeitar o tempo dela de trabalho de parto e respeitar o protagonismo da mulher, pois na verdade não fazemos o parto, quem faz é a mulher, estamos presentes só para dar um auxílio”.

Giulia Brey ressaltou que o projeto não é contra cesáreas. “Não somos contra cesáreas, esse tipo de cirurgia, se feita com indicação, serve para salvar vidas”. No entanto, é um procedimento que sem indicação expõe a mulher e o bebê a infecções e riscos como qualquer outra cirurgia. Estamos lutando a cada dia para continuar com o incentivo do parto normal e respeitando a verdadeira protagonista do parto, que é a mulher”, concluiu.

Texto e fotos: Leonardo Cremer – Hospital Regional Dr. José Simone Netto (Hospital Regional de Ponta Porã – HRPP) 

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