Campo Grande - Com uma política forte na atração de novos investimentos privados, onde se destacam os incentivos fiscais diferenciados, somados às suas potencialidades e o equilíbrio financeiro asseguro pelo governo Reinaldo Azambuja, Mato Grosso do Sul está em um processo de revolução industrial com a chegada de grandes conglomerados, agregando valor ao que é produzido no campo.
O balanço da atração e consolidação de investimentos para 2016 demonstra que, apesar da crise econômica e das perspectivas pouco pessimistas para 2017, o Estado mantém o crescimento da planta industrial com diversificação da matéria prima. A expansão das florestas de eucaliptos consorciadas com bois e grãos, por exemplo, chegou aos dois milhões de hectares.
A missão de mostrar que MS é uma oportunidade de negócios – a garantia dos incentivos criou esse ambiente favorável e a confiança do empreendedor - está com a secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade), cujo foco está na celulose (onde se concentram hoje os maiores investimentos, cerca de R$ 15 bilhões, por conta da ampliação da Fibria e da Eldorado), cana-de-açúcar e grãos, como milho e soja.
A BBCA Group, uma das potências da China em biotecnologia, vai se instalar em Maracaju e processar milho para fazer aminoácido. Na soja, a ADM, maior indústria de proteína texturizada de soja da América Latina, está investindo US$ 250 milhões em uma indústria de proteína texturizada, em Campo Grande.
R$ 36 bilhões,
a previsão de investimentos
da agroindústria até 2018
(*) valor representa duas vezes o PIB do agronegócio local
O Estado cresce aceleradamente na criação e processamento de aves. A JBS está investindo R$ 1,2 bilhão, no município de Dourados, para processar frangos com a marca Seara. Além disso, o grupo vai instalar no município vizinho, Itaporã, a primeira unidade de abate de perus. A BRFoods também está duplicando sua unidade de abate de frangos.
incentivos atraem investimentos
A manutenção, pelo Governo do Estado, dos incentivos fiscais a novos empreendimentos, mesmo em um cenário de crise econômica, foi fundamental para Mato Grosso do Sul manter o ritmo de crescimento e diversificação do seu parque industrial, gerando mais empregos, receita e oportunidades.
A política do Governo do Estado de trocar impostos por empregos garantiu duas mil vagas de trabalho em Dourados com a instalação das unidades de soja e refinaria de óleo da Coamo Agroindustrial Cooperativa, cuja pedra fundamental foi lançada no ano passado com a presença do governador Reinaldo Azambuja. Os investimentos somam R$$ 650 milhões.
“O resultado de uma política agressiva e eficiente de atração de investimentos se consolidou com a ato da Coamo”, comentou Jaime Verruck, da Semade, que em janeiro assinou a Licença de Instalação (LI), emitida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), para a nova indústria. “A emissão da LI dá segurança para que as obras iniciem no prazo previsto, e já estamos identificando os tipos de insumo que a Coamo necessita, além da soja, para que possamos oferecer fornecedores locais”, acrescentou Verruck.
A sustentação dos atrativos fiscais, quando outros estados reduziram os benefícios a alguns segmentos – medida considerada “uma quebra de contrato” -, foi positiva em vários aspectos, principalmente ao proporcionar maior credibilidade do empresário em investir em Mato Grosso do Sul, na avaliação do governador Reinaldo Azambuja.
“Não encontramos 36 bilhões de investimentos em nenhum outro Estado. Essa é a nossa diferença, e a luz do túnel começa a aparecer” (Sérgio Longen, presidente da Fiems)
Com o cumprimento da pauta fiscal (isenção tributária de até 67%) e uma política de negócios atrativa, o Estado e chegou à liderança, em outubro, em geração de empregos, além de sustentar a competitividade e criar um ambiente favorável a novos investimentos privados no campo e na indústria.
Esse cenário positivo é também resultado de uma política arrojada de governo, que reduziu o custo da máquina, desburocratizou os serviços públicos e ampliou investimentos em saúde, segurança e educação. Fez mais, cumpriu metas e entregas à população, com menos.
Polos industriais: infraestrutura
O governo do Estado está investindo na estruturação de núcleos industriais de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, principais polos econômicos, a fim de proporcionar competitividade às indústrias já instaladas nesses locais e condições atrativas para a vinda de novos empreendimentos.
Estão sendo investidos R$ 15 milhões somente do FAI (Fundo de Apoio à Industrialização), dos quais R$ 11,1 milhões em obras de pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais no Núcleo Industrial de Dourados, atendendo reivindicação antiga do empresariado. Com 50% dos terrenos ainda vagos, o núcleo deverá receber novas indústrias em breve.
Em agosto deste ano o governo do Estado deu início às obras de pavimentação e drenagem de águas pluviais de 1,4 quilômetros de ruas do Polo Industrial Norte e acessos à BR-163, em Campo Grande. E já planeja o reordenamento do Núcleo Industrial do Indubrasil para atender indústrias do porte da multinacional ADM, que investirá R$ 610 milhões na sua nova unidade.
Em Três Lagoas, o governo atenderá demanda apresentada pelas empresas instaladas e pavimentará 1 km de pista, ampliando o acesso, hoje pela rodovia BR-158, para ligação com o aeroporto. O projeto inclui a construção de uma ciclovia para dar segurança aos trabalhadores. O governo também levará infraestrutura aos núcleos industriais de Miranda e Fátima do Sul.
Sílvio Andrade - Subsecom