Três Lagoas (MS) - A Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás) está pronta para ampliar capacidade de fornecimento de gás natural, após aprovação da nova planta da Fíbria, em Três Lagoas, pelo conselho de administração, cuja reunião está marcada para maio. O projeto de US$ 2,5 bilhões, (R$ 8 bilhões pelo câmbio atual de R$ 3,20) está nas mãos dos conselheiros e depende de seu aval para sair do papel, mas o mercado já dá como certa essa possibilidade. Em plena atividade, a ampliação será responsável pela geração de mais de mil empregos diretos e indiretos.
Atualmente a Fíbria consome 140 mil metros cúbicos de gás natural por dia, e com a nova planta a previsão é para 300 mil, aumento de demanda de 114%. Este volume será ofertado sem, no entanto, a necessidade de adicionar pesados investimentos na atual estrutura existente na Estação de Medição e Regulagem de Pressão (EMRP) instalada para atender a fábrica. Três Lagoas detém ao menos 70% do consumo total da MSGás.
“A MSGás deve estar preparada para nos acompanhar neste novo projeto”, disse o gerente geral da Fíbria em Três Lagoas, Renato Otoni, durante reunião com o diretor-presidente da companhia, engenheiro Rudel Espíndola Trindade Júnior. O representante da fábrica de celulose lembrou que o projeto já foi apresentado ao conselho de administração e que deverá ser aprovado até maio.
“A nossa missão é vender o gás natural. Estamos nos antecipando ao novo projeto e colocando a MSGás à disposição da Fíbria para ampliarmos nossa parceria comercial nos próximos dois anos”, explica Rudel Trindade Júnior. Acrescenta que esse novo perfil mais agressivo atende a uma determinação do governador Reinaldo Azambuja, cujo objetivo é o de ampliar a comercialização do gás natural e transformá-lo em uma fonte econômica e limpa para fazer frente aos aumentos de energia elétrica e combustíveis.
Se aprovado, o novo projeto promete dobrar o tamanho da fábrica e a empresa passará dos 1,750 milhão para produção de 3 milhões de toneladas por ano. A direção da empresa prevê a construção da planta em até dois anos. Neste período, a Fíbria pretende incorporar mais 100 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto dos 200 mil atuais em solo sul-mato-grossense.
A disparada da moeda norte-americana acabou beneficiando a Fíbria, responsável por pelo menos 50% das exportações de Mato Grosso do Sul, com mercado cativo liderado pela Europa, com 41%; Ásia, com 25%, América do Norte, com 24%; e América Latina com 10%. A companhia de celulose tem presença consolidada nestes mercados que cresce, anualmente, algo em torno de 1,5 milhão de toneladas.
Assessoria de Comunicação Social - MSGás.