Campo Grande – Com lançamento previsto em 1º de fevereiro, o programa Precoce MS, que substitui o Nelore Precoce, criado em 1992, recebeu avaliação positiva de empresa de consultoria em agronegócios especializada em acompanhamento técnico de abates. Em artigo publicado no site Rural Centro, a PECBR aprova as reformulações feitas no programa, pelo Governo do Estado, com a finalidade de ampliar a sua segurança e dos processos de aferição de resultados de desempenho de estabelecimentos pecuários e dos animais.
Uma das principais mudanças destacadas pela empresa refere-se à tipificação, que não será mais feita pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) e sim por empresas contratadas pelos frigoríficos, as quais, obrigatoriamente, devem se cadastrarem no governo e serão auditadas periodicamente. A PECBR cita ainda como alteração significativa o fato de o produtor, além das avaliações nas carcaças, receber incentivo pelo processo produtivo na fazenda (boas práticas de manejo, produção e sustentabilidade),a na seguinte proporção: fazenda (processo produtivo), 30% de impacto; tipificação, 70%.
“A nova bonificação possibilita maior incentivo para que os pecuaristas produzam carcaças de maior precocidade e melhor acabamento de gordura, tendo em vista que antes não havia diferenciação na remuneração entre carcaças medianas e escassas. A entrada de critérios avaliados na fazenda em conjunto com a responsabilidade técnica pode fazer o produtor obter maiores resultados além da bonificação, se amparando de conhecimento técnico e melhorando cada dia mais sua produção dentro da porteira”, diz o artigo.
Classificação da fazenda
A análise feita pela empresa de consultoria também contribuiu para esclarecer vários itens do novo formato do Precoce MS, lembrando, por exemplo, que os produtores que já participavam do programa terão que ser recadastrados na secretaria estadual de Fazenda (Sefaz), e, para isso, cumprir cinco pré-requisitados: estar em dia com obrigações fiscais e tributárias (em relação a todos os seus estabelecimentos localizados no Estado); situação regular quanto às suas obrigações trabalhistas, na condição de empregador; regular perante a Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro); ter Cadastro Ambiental Rural (CAR); e possuir um profissional de assistência técnica como responsável pelo sistema de produção da fazenda ou somente pelo acompanhamento do programa e dos abates.
Em relação à classificação da fazenda: a partir do momento que a propriedade estiver ok para cm estes pré-requisitos, ela passará por uma avaliação de quatro critérios, podendo ser classificados como básico ou superior, de identificação individual dos bovinos (pode ser brinco de manejo ou marcação a fogo), atributos de boas práticas agropecuárias, tecnologias que promovam a sustentabilidade do processo produtivo e participação em associações de produtores visando à produção comercial sistematizada e organizada (acordos mercadológicos). Com o cadastro realizado, a fazenda será classificada em três certificações (simples, intermediária e avançada).
Tipificação e bonificação
Na sequência, a empresa especializada aborda aspectos sobre tipificação e bonificação no frigorífico. Com a classificação e o cadastro da fazenda realizado, agora o produtor pode abater seus animais e começar a receber o incentivo. Fizemos aqui algumas demonstrações para que possamos enxergar melhor as adaptações do programa. Principais conclusões destes critérios:
peso mínimo: 12@ para fêmeas e 15@ para machos (inteiros ou castrados); machos inteiros serão bonificados até 24 meses (0-2 dentes); machos castrados e fêmeas até 36 meses (0-4 dentes); para ativar o programa 60% do lote tem que ser precoce; o programa continua bonificando carcaças escassas (proporção menor) e aceitando a Imunocastração (com laudo).
Simulação do programa com a nova bonificação
Sílvio Andrade
Subsecom