Campo Grande (MS) – O Governo de Mato Grosso do Sul ampliou os critérios de atualização do mapa do turismo regional, que vai compor o Mapa do Turismo Brasileiro, exigidos pelo Ministério do Turismo (MTur), com a finalidade de gerar um novo perfil da atividade no Estado, onde sejam inseridas e avaliadas, de forma criteriosa, as potencialidades dos 65 municípios atualmente catalogados, como destino e seu grau de comprometimento e organização.
“Estabelecemos critérios mais objetivos e mais responsáveis, porém não excludentes, enviando nossos técnicos a campo para se reunirem com os agentes públicos e empresários do setor e assim avançarmos no replanejamento das ações do governo, com estratégias bem definidas, com base em uma lógica de estruturação e prioridades existente em cada município”, explicou Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS).
Os critérios exigidos pelo governo federal são meramente documentais e frágeis para elaboração do mapa, a cada dois anos, segundo Wendling. O objetivo da Fundtur, a partir deste trabalho que contemplará as 10 regiões do Estado, é organizar um mapa turístico de fato por meio de um diagnóstico sistemático dos municípios, considerando, por exemplo, se há um plano de fomento à atividade e o funcionamento de um conselho ou grupo de turismo ativo que se reúna periodicamente.
Apoio do governo
Para compor o novo mapa turístico, o município deverá, ainda, apresentar seus atrativos e priorizar a atividade. A região que não se enquadrar nos critérios definidos pela fundação não devem se sentir excluída, explica Bruno Wendling. “O governo, por meio da fundação, vai dar todo suporte para que este município se organize, estruture sua cadeia produtiva e os empreendimentos saiam da informalidade. Assim, teremos uma atividade cada vez mais profissional e planejada”, adiantou.
O diretor-presidente da Fundtur explicou que o município não inserido no novo mapa "terá seu momento" e este fator sinaliza que existe um trabalho passo a passo a ser feito para estruturar a atividade turística local, com o Estado garantido todo apoio. "Temos exemplos no Brasil e aqui mesmo em Mato Grosso do Sul de destinos que estiveram lá na ponta e retrocederam porque promoveram ações sem ofertas, sem organização e com uma cadeia de serviços sem o cadastramento obrigatório no Ministério do Turismo", observou.
As oficinas de trabalho da Fundtur com empresários e agentes públicos para atualização do mapa turístico de Mato Grosso do Sul se iniciaram na sexta-feira (12.5), nas regiões de Dourados (Grande Dourados) e Ponta Porã (Caminhos da Fronteira), e seguem até o dia 29 deste mês. Nesta quinta-feira, a ação será desenvolvida em Campo Grande. As próximas etapas serão em Bodoquena (25.5), Miranda (26.5) e Naviraí e Aparecida do Taboado (29.5)
Sílvio Andrade - Subsecretaria de Comunicação (Subcom)
Fotos: Chico Ribeiro e Edemir Rodrigues