Programa do Estado leva segurança para escolas da Capital

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  • 16/dezembro/2018 12:00 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) - Garantir segurança para estudantes, professores e pais nos locais de ensino e aos arredores. É esse o objetivo do programa Escola Segura, Família Forte implantado pelo Governo do Estado em 60 escolas de Campo Grande há mais de um ano e que já rende bons frutos no combate, principalmente, ao tráfico de drogas e brigas entre os alunos.

“Sem segurança, não há aprendizagem. O aluno precisa se sentir seguro na escola e até os pais precisam ter segurança de que vão mandar seus filhos para escola e eles estarão seguros”, frisa o diretor da EE Professora Thereza Noronha de Carvalho, Pedro Anisio Ferreira Novais, que fica no Parque Lageado.

Diretor da EE Profª Thereza Noronha de Carvalho, Pedro Anisio Ferreira Novais.

O diretor diz que a escola está localizada em uma das regiões mais vulneráveis da Capital e que eram recorrentes os casos de ameaças de brigas entre alunos, venda e consumo de drogas e casos de roubos nos arredores da instituição. “Agora não temos mais esses problemas. Era quase uma boca de fumo embaixo das árvores próximas das escolas e isso acabou, não ficam mais porque sabem que a qualquer momento a ronda pode passar”, conta. Professora há mais de 20 anos na escola, Nilza de Oliveira afirma que “agora não vemos brigas”.

O coordenador do programa, Valson Campos dos Anjos, explica que o objetivo é atuar não só na resolução de delitos, mas também na prevenção. “Fazemos um papel preventivo; se tem ameaça de briga, que os pais ou professores informaram para a direção da escola, a ronda é acionada para fazer a segurança na saída dos alunos e não ter briga”, detalha.

Professora há mais de 20 anos na escola, Nilza de Oliveira afirma que “agora não vemos brigas”.

Proximidade

Entre os meses de fevereiro e novembro deste ano, foram registradas 6.624 atividades/ocorrências nas escolas atendidas pela ronda escolar do Projeto. As principais ações foram de abordagens a pessoas no ambiente escolar e fora dele (1.248) e abordagem a veículos (724).

O programa conta com ronda escolar, feita por seis viaturas com 20 militares (divididas entre as regiões das cidades), que receberam capacitação para atuar com a comunidade escolar. “Uma abordagem com aluno é diferente de uma que o policial faz na rua. São policiais preparados e isso faz a diferença na interação com os alunos”, afirma o diretor.

O contato diário com os policiais no ambiente escolar ainda contribui para desmitificar o trabalho da Polícia. “Eles passaram a não ter medo como tinham antes da Polícia. Em bairros como o nosso é comum ouvirem traficantes falarem mal de policiais e acabarem atraindo os jovens para o crime”, analisa.

Ao lado das colegas de classe, Mayra Santana, de 10 anos, conta que “me sinto mais segura” com a presença constante dos policiais na escola. Além das rondas e visitas a escola, os policiais realizam palestras para os alunos e pais.

Mayra Santana (em pé/à esquerda) afirma que se sente mais segura depois da implantação do Projeto.

Agilidade e prevenção

Outro ponto positivo, de acordo com os educadores, é que a proximidade com os policias aumentou a agilidade na resolução de problemas, como roubos, que eram frequentes no período noturno das aulas na escola do Parque Lageado. Foram criados grupos de Whatsapp com os responsáveis pelas escolas e os policiais da viatura que atendem a região para facilitar e agilizar a comunicação.

“Qualquer problema eu aciono a viatura da ronda escolar da nossa região e eles chegam rápido. Há um mês um aluno teve a bicicleta roubada quando saía da escola, acionamos a ronda e em cerca de meia-hora tinham recuperado a bicicleta”, lembra o diretor.

Programa

O programa Escola Segura, Família Forte é uma iniciativa inédita do Governo do Estado, implantado no segundo semestre de 2017, em 60 escolas, sendo 29 municipais e 31 estaduais. O projeto foi inscrito numa convocatória internacional do Banco de Desarrollo da América Latina – CAF para uma consultoria gratuita por três anos. No fim deste ano deve ser apresentada avaliação do programa, que irá permitir a extensão para o próximo ano e ampliação das escolas atendidas.

Paula Vitorino – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Chico Ribeiro

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