Para reitor da Uems, inauguração do Biopec revela maturidade na pesquisa em MS

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  • 31/março/2017 2:55 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) - O reitor da Uems, Fábio Edir dos Santos Costa participou nesta quinta-feira (30) da inauguração do laboratório multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec). O Biopec é apontado como o mais moderno na área de pesquisa em segurança e qualidade da carne da América Latina, possibilitando estudos relacionados a agentes de alto risco como salmonelose, brucelose, tuberculose, vírus da febre aftosa, influenza aviária, influenza suína e raiva. O evento ocorreu na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS).

Para Fábio Edir, receber um laboratório dessa proporção atesta o bom momento que o Estado vive na produção de ciência, tecnologia e inovação voltada, especialmente, para o campo. “Nós encontramos hoje no Estado desde ações de pesquisa bem sucedidas voltadas tanto para o pequeno agricultor familiar quanto para as grandes industrias e isso revele a maturidade dos nossos pesquisadores”, diz o reitor.

Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, presente na inauguração, o Biopec proporciona segurança, conhecimento e tranquilidade para o Brasil mostrar ao mercado externo. “O que a Embrapa está oferecendo ao Brasil é uma nova oportunidade de multiplicar a nossa produção”.

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, explica que o laboratório é do tipo multiusuário e que outras instituições públicas ou privadas voltadas para atividades de ciência e tecnologia, podem fazer uso de sua infraestrutura para realização de projetos de PD&I em conjunto com a Embrapa. “A pesquisa agropecuária passa a contar com um conjunto de instalações modernas que contribuirão para colocar o Brasil em posição diferenciada na segurança dos alimentos e das cadeias produtivas pecuárias”.

Ele destacou que o Biopec é fundamental para o Brasil se manter na fronteira do conhecimento e das boas práticas de proteção da pecuária. “O Brasil está dando um salto de qualidade na pesquisa e equiparando-se aos países mais desenvolvidos. Avançaremos em pesquisas de ponta que antes não eram feitas no País devido à ausência de estrutura de alto nível de biossegurança”.

“A entrega desse laboratório contribui muito para a melhor sanidade e maior segurança aos mercados que consomem os nossos produtos”, avalia o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.

O chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Soares, acrescenta que o laboratório conta com um conjunto de instalações que aumenta a capacidade do Brasil de garantir a qualidade sanitária dos rebanhos. “O laboratório terá capacidade analítica para execução de pesquisas voltadas, principalmente, para prevenção, controle e erradicação das principais doenças de risco biológico para a cadeia produtiva da pecuária brasileira, tanto para bovinos quanto para ovinos, caprinos, suínos e aves”.

Também será possível estudar em um mesmo laboratório bactérias causadoras de botulismo, antrax e intoxicações alimentares. Também poderão ser desenvolvidos testes e vacinas para doenças como a brucelose e trabalhos de pesquisa com príons (proteínas) causadores de encefalopatias espongiformes (vaca-louca e scrapie), sempre de acordo com as mais avançadas normas de biossegurança.

Estrutura

A área total do laboratório é de aproximadamente 1.000 m2, das quais 500 m2 com infraestrutura contendo área de contenção em biossegurança, além de uma inédita estrutura para biotério de manutenção e experimentação animal Nível 3. O laboratório conta com um complexo sistema de segurança automatizado e integrado.

A previsão é que comece a funcionar em abril, com início de operação pelas salas de apoio, onde há infraestrutura em biologia molecular e para operações de suporte. Logo depois começa o funcionamento dos laboratórios dos níveis mais avançados e o biotério de experimentação.

Para a construção do laboratório multiusuário de Biossegurança para Pecuária (Biopec) foram investidos R$ 10 milhões. Os recursos têm como origem o orçamento da Embrapa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

André Mazini - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), com informações do site da Embrapa

Foto: Chico Ribeiro

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