Henrique Manoel Ramos chega cedo para um dia intenso de trabalho na Escola Estadual Amando de Oliveira, em Campo Grande. Ao entrar no local o diretor se depara com uma unidade toda reformada, bem diferente do que era no passado. Uma das imagens chama a sua atenção. Placas solares sobre o telhado. Energia limpa que traz economia de custos, sustentabilidade e representa bem a modernização que chega na Rede Estadual de Ensino.
Localizada na Vila Piratininga, na Avenida Manoel da Costa Lima, a escola é tradicional na região, conta com 460 alunos, no sistema de educação integral. Com mais de 50 anos de história, a unidade foi contemplada com placas solares, quando ganhou a sua reforma geral, fruto da reestruturação realizada pelo Governo do Estado, por meio da SED (Secretaria Estadual de Educação).
“Quando a escola completou 50 anos a reforma foi finalizada. Então ela foi contemplada com várias melhorias, entre elas as placas solares. Isto mostra a preocupação com a questão da sustentabilidade e economia de gastos. Tivemos outras mudanças como gás natural encanado, ou seja, nós recebemos uma estrutura preparada para nova realidade”, destacou Henrique Ramos, diretor da unidade.
A Secretaria de Educação já promoveu a instalação de placas solares em 40 unidades da Rede Estadual, em 19 cidades, entre elas Campo Grande (11), Dourados (5), Maracaju (4), Corumbá (3), Anastácio (2), além de Três Lagoas, Água Clara, Amambai, Antônio João, Aquidauana, Caarapó, Corguinho, Coxim, Eldorado, Nova Andradina, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Tacuru. Na atual gestão, a partir de 2023, já foram investidos quase R$ 5 milhões nas instalações.
"Nas reformas buscamos garantir uma infraestrutura moderna e de qualidade, com espaços acolhedores e funcionais para estudantes e profissionais da Rede Estadual de Ensino. Nesse trabalho, um destaque para o compromisso de promover escolas mais sustentáveis, observando o contexto de cada unidade. Entre essas iniciativas está a instalação de placas para captação de energia fotovoltaica. Antes esse tipo de equipamento era mais comum em escolas mais afastadas, localizadas em zonas rurais ou de difícil acesso. Agora, também contamos com a instalação em escolas urbanas. Um investimento que retorna em economia e sustentabilidade", afirmou o secretário estadual de Educação, Hélio Daher.

Outras iniciativas
Além da instalação de placas solares nas escolas, o Governo do Estado também desenvolve outros projetos na área. Entre eles está a Parceria Público-Privada (PPP) de energia solar fotovoltaica, que tem a SAD (Secretaria Estadual de Administração) como responsável pelo gerenciamento.
Este projeto está trazendo resultados expressivos na administração pública, e também gera benefícios para Rede Estadual de Ensino. Desde janeiro de 2025, 183 escolas estaduais registraram uma redução média de 40% na conta de luz, com início da compensação energética a partir de dezembro de 2024.
Esta produção (energia) é feita por usinas fotovoltaicas no interior do Estado. As de Iguatemi e Mundo Novo já estão em operação, e com a conclusão das obras das unidades de Nova Andradina, Rochedo e Corguinho, o Estado avança no processo de conexão de novos prédios públicos ao sistema de geração.

Quando plenamente implantado, o sistema terá capacidade de gerar mais de 25 mil MWh por ano, suficiente para atender 1.400 prédios públicos do Poder Executivo Estadual. A previsão é alcançar 30% de economia nas contas de energia elétrica, o que permitirá redirecionar recursos para outras políticas públicas do Estado.
A SAD assumiu o gerenciamento da PPP desde outubro de 2024, que foi originalmente estruturado pelo EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas) e Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística). A parceria tem duração de 23 anos e é operada pela empresa HCC Energia Solar.
A meta para 2025 é conectar 100% dos prédios públicos estaduais elegíveis, consolidando o Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e gestão energética, com foco na neutralização das emissões de carbono até 2030.

“A Parceria Público-Privada na produção de energia limpa para os prédios públicos do Governo de Mato Grosso do Sul vem se mostrando um grande caso de sucesso, tendo em vista que nós já estamos aproveitando esta energia limpa para mais de 183 prédios públicos, principalmente para Educação, em escolas tanto da Capital, como do interior do Estado", afirmou o secretário estadual de Administração, Frederico Felini.
Ele destacou que assim o Governo do Estado mostra seu compromisso com a sustentabilidade, alternativas de economia e eficiência. "Nossa previsão é que até o final do ano estaremos com 826 prédios ligados nas cinco fazendas fotovoltaicas, que estão distribuídas por várias cidades do interior do Estado. Já se aponta uma economia significativa para os cofres públicos, no entanto o mais importante é a produção de energia limpa e sustentável”
Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS
Fotos: Álvaro Rezende
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