Produtos com bons preços e qualidade são opções de presentes na feira de artesanatos

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  • nrodrigues
  • 10/maio/2017 5:31 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) – Começou hoje (10.5) e termina na sexta-feira (12.5) uma exposição de artesanatos confeccionados em unidades prisionais de regime fechado de Campo Grande. Cerca de 350 peças estão à venda, entre tapetes, jogos de cama e mesa e objetos de decoração, na 6ª Feira Artesão Livre – "Especial Dia das Mães”, realizada no Fórum de Campo Grande.

A ação é uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho da Comunidade da Capital. Entre os objetivos da iniciativa está o de mostrar à sociedade uma das frentes de trabalhos existentes dentro do sistema penitenciário sul-mato-grossense, que possibilita ao custodiado desenvolver habilidades manuais, além do vislumbre de uma profissão digna e geradora de renda.

Na primeira hora da feira foram vendidos todos os “cobre-bolos” confeccionados em pedraria por detentas do “Irmã Irma Zorzi”.

Quem passou pelo local não perdeu oportunidade de conferir os trabalhos e de encontrar uma opção de presente para o Dia das Mães. Foi o caso da servidora pública Patrícia Lacerda, que comprou um “caminho de mesa” para dar de presente. Frequentadora assídua da exposição, ela revela que já adquiriu outros produtos nas edições anteriores do evento. “É tudo muito bonito e com bastante qualidade que, com certeza eu pagaria bem mais caro se comprasse em outro lugar”, comenta.

Realizada pela 6ª vez, a exposição é um sucesso consolidado. Para se ter uma ideia, somente na primeira hora da feira foram vendidos todos os “cobre-bolos” confeccionados em pedraria por detentas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”. A exposição reúne, ainda, trabalhos em madeira, como jogos de mesa infantis, peças em caixaria e vários artesanatos em crochê e tricô, produzidos no Instituto Penal de Campo Grande, Penitenciária de Segurança Máxima, Centro de Triagem e Presídio de Trânsito.

Além do pagamento em dinheiro, as peças podem ser adquiridas com cartão, por meio de débito ou crédito (para o vencimento), explicam os organizadores. A renda arrecadada é revertida em prol dos detentos artesãos, seja para a aquisição de mais materiais para continuarem os trabalhos, seja para ajudar os familiares. A prestação de contas é acompanhada pelo Ministério Público.

De acordo com o diretor presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, são realizados regulamente cursos de capacitação na área de artesanato, que possibilitam aos detentos a realização dos trabalhos. A atividade, ressalta o dirigente, é regulamentada e também serve como remição de pena, conforme estabelece a Lei de Execução Penal.

Aproximadamente 350 peças estão à venda, entre caixas, tapetes, jogos de cama e mesa e objetos de decoração.

Incentivadora da Feira de Artesão Livre e parceria da Agepen na organização da exposição, a promotora da 52ª Promotoria de Justiça, Renata Goya, ressaltou que a profissão de artesão é legalmente reconhecida, sendo oferecidos aos internos cadastrados, e que realizam os trabalhos, a Carteira Nacional do Artesão, fornecida pela Fundação de Cultura Mato Grosso do Sul. “É um trabalho digno que poderá servir como profissão quando saírem da prisão”, ressaltou.

Presente na abertura do evento, o juiz Mário Esbalqueiro, da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, parabenizou a iniciativa e destacou a importância de ações que visam à ressocialização. “Não existe prisão perpétua no Brasil e esses condenados retornarão ao convívio social, então, precisamos oportunizar meios que possibilitem essa mudança de conduta ou não conseguiremos reduzir os índices de criminalidade”, disse.

Texto e fotos: Keila Oliveira - Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)

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