Foi realizada na manhã desta quinta-feira (15), como primeira ação dentro do Festival América do Sul, a reunião do projeto Andanças do Patrimônio. A reunião foi uma contribuição para a elaboração do primeiro plano setorial nacional em patrimônio cultural e do marco regulatório do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural, dois documentos fundamentais para o sistema se consolidar, os quais orientarão a atuação governamental, fortalecerão a transparência, a ampliação, a participação social da gestão do patrimônio cultural.
Esta ação buscou reunir gestores culturais estaduais e municipais e instituições acadêmicas, conselhos de cultura, fazedores de cultura, agentes culturais locais, organizações públicas e privadas atuantes na preservação e salvaguarda do patrimônio cultural em toda a sociedade interessada para contribuir com a construção coletiva de diretrizes, metas e instrumentos de gestão com vista a ampliar a discussão sobre como preservar e promover o patrimônio.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul esteve presente no debate e explica que o evento foi uma construção feita junto com o IPHAN lembrando que o Festival América do Sul celebra o patrimônio.
“Ele traz em sua essência, até por isso ele é feito todinho na ladeira Porto Geral, e o IPHAN entendeu que o Andanças deveria estar junto conosco dentro do Festival. Foi uma parceria com o IPHAN e o Ministério da Cultura para que a gente pudesse neste momento chamar os outros municípios e discutirmos a manutenção e a preservação, tanto do nosso patrimônio material como imaterial do estado de Mato Grosso do Sul”.
Cerjane Pacini, diretora do Departamento de Articulação, Fomento e Educação do IPHAN, disse que o evento é muito importante para trazer o contexto do processo de curvamento do Brasil nessa diversidade que faz parte da nossa história.
“Ir até Corumbá, que é uma cidade que faz parte importante da história de Mato Grosso do Sul é um momento muito importante que leva em consideração esses contextos locais”.
O superintendente do IPHAN-MS, João Santos, afirmou que o Andanças tem a perspectiva de estar presente nos 26 estados e no Distrito Federal.
“A ideia é que a gente ocupe as capitais, mas aqui em Mato Grosso do Sul eu solicitei e fui atendido para que esta ação fosse aqui em Corumbá, porque Corumbá é a nossa joia de Mato Grosso do Sul com relação ao patrimônio cultural, é fantástico a gente poder discutir o futuro, o que a gente quer para as próximas gestões, que as políticas públicas não tenham uma descontinuidade. Estar aqui em Corumbá com o Andanças é representar Mato Grosso do Sul com as nossas particularidades, questões de fronteira, questões indígenas, questões quilombolas, e que essas representações tão particulares nossas de Mato Grosso do Sul reverberem nas políticas nacionais enquanto Sistema Nacional do Patrimônio Cultural. O que a gente veio buscar hoje é ouvir a sociedade civil para poder ter subsídios para o Plano Nacional, e Mato grosso do Sul precisa se reconhecer nessa política maior, o Plano Nacional do Patrimônio Cultural”.
Karina Lima, Ascom/FAS 2025
Fotos: Leandro Benites, Ascom/FAS 2025