Campo Grande (MS) – A palha de milho sendo transformada em objetos de decoração como bonecas, flores, vasos e quadros. Com essa proposta, um trabalho desenvolvido no Estabelecimento Penal Feminino Carlos Alberto Jonas Giordano (EPFCAJG), em Corumbá, pode contribuir para que as reeducandas acreditem em um futuro digno, construído a partir da capacidade de criar belas peças, que cativam também pela criatividade.
Doze reeducandas participaram da oficina de artesanato em palha de milho, realizada neste mês, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), parceiro da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Durante quatro dias, a instrutora do Senar, Rosita das Graças Teixeira, ensinou às detentas, técnicas de transformar a palha, que iria para o lixo, em arte, unindo sustentabilidade e reinserção social.
De acordo com a diretora do EPFCAJG, Anelize Lázaro de Lima, a finalidade da oficina não foi somente proporcionar o conhecimento da técnica, mas, também, possibilitar uma alternativa de geração de fonte de renda. “E outro ponto positivo que se observou, foi que se estimulou a criatividade e o trabalho em grupo”, comenta.
Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, o trabalho tem um forte apelo ecológico, pois não causa impacto ambiental, o que traz consigo uma boa aceitação pela população em geral. “Além disso, gera ocupação para nossas custodiadas e conhecimento que pode ser aplicado como profissão quando conquistarem a liberdade”, finaliza.
Keila Oliveira - Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)
Fotos: Divulgação