Campo Grande (MS) - A vice-governadora Rose Modesto visitou nesta sexta-feira (15.12) as obras de reforma da EE Aracy Eudociak, no Tijuca, e destacou a importância do projeto Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade, que utiliza mão de obra e dinheiro de internos para a reestruturação dos prédios.
Essa é a 9ª escola pública a ser reformada por meio desse sistema. Os trabalhos são realizados por meio da parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a 2ª Vara de Execução Penal da Capital e a Secretaria de Estado de Educação (SED).
O projeto foi idealizado pelo juiz, Albino Coimbra Neto, que acompanhou a vice-governadora durante a visita, assim como o diretor do Centro Penal da Gameleira, Adiel Rodrigues Barbosa, e a diretora da escola, Gisele Maria Bacanelli.

De acordo com o magistrado, o projeto já garantiu uma economia de mais de R$ 6 milhões aos cofres públicos. Com investimento total de R$ 372 mil, a reforma iniciada mês passado consiste na troca de toda a parte elétrica, hidráulica, pintura, criação de locais com acessibilidade para alunos cadeirantes, além da construção da nova minibiblioteca e do estacionamento de motos.
Desse valor, R$ 277 mil serão investidos em materiais para a obra e pagos pelos detentos, a partir do dinheiro arrecadado do desconto de 10% do salário de todos os presos que trabalham na Capital, conforme a Portaria nº 001/2014 da 2ª Vara de Execução Penal.
Com isso, o custo da obra para o Estado se resume apenas ao salário dos presos, no valor de R$ 95 mil, além do transporte dos trabalhadores.
Para Rose Modesto, esse é o tipo de projeto onde todos saem ganhando: detentos, que recebem salário e têm sua pena reduzida; o Governo, que consegue fazer economia, podendo reinvestir esse recurso em outras frentes, e a comunidade escolar, que pode contar com um espaço reformado e adequado.
“Todos erram, mas o interessante é quando o detento recebe a oportunidade e abraça, fazendo a diferença na vida de pessoas, como está acontecendo nessa e em outras escolas. Todos saem ganhando, sobretudo os internos, que saem de cabeça erguida, ressocializados, e prontos para o trabalho lá fora, o que é de extrema importância”, avaliou a vice-governadora.
Para ela, o programa ajuda a quebrar o preconceito com a mão de obra carcerária. “O Sesi inclusive já está atuando nessa parceria, trazendo capacitação a esses detentos, o que é muito positivo. Uma vez quem, com o diploma, tendo prestado esse serviço ao Governo do Estado, as coisas podem ficar mais fáceis aqui fora”, concluiu.
Fernanda França - Assessoria Vice-governadoria
Foto: Leca