Campo Grande (MS) - Mato Grosso do Sul recebe imigrantes de várias partes do mundo, alguns deles em situação de vulnerabilidade. Para dar assistência a essas pessoas, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) oferece serviços de referência e orienta municípios quanto ao acolhimento e destinação.
É responsabilidade do Estado, dentro do que é estabelecido no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social no atendimento a migrantes em sua esfera de abrangência e assessorar os municípios para seu desenvolvimento. Ainda assim, a Sedhast mantém atendimento direto em Campo Grande com auxílios e orientações para os migrantes que procuram ajuda, com auxílio de intérprete, encaminhamento para legalização de documentação e até ajuda na busca de emprego.
A Sedhast acompanha processos de chegadas de migrantes, como o que tem ocorrido em Corumbá, e também em outras cidades, por exemplo, Campo Grande, estabelecendo articulação e tratativas com órgãos como a Polícia Federal, observando sempre o papel de cada município no que estabelece o atendimento via SUAS.
O Comitê para Atendimento de Refugiados, Migrantes e Apátridas (Cerma), foi criado em 2016 como um serviço de referência aos municípios e fornece alimentação, roupas, calçados, intérpretes e encaminhamento de toda a documentação para eles permanecerem no País.
O Cerma atendeu 500 pessoas, entre eles haitianos, indianos, colombianos, guineenses, palestinos, paraguaios, ugandenses, senegaleses, espanhóis, uruguaios, alemães, peruanos, argentinos, bolivianos, cubanos, africanos, sírios, palestinos, venezuelanos, portugueses, chilenos e panamenhos.
Como parte do acolhimento, é realizado na Casa de Assistência Social e Cidadania (Casc), em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) - unidade Campo Grande -, um curso de Língua Portuguesa como Língua de Acolhimento para refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade. O objetivo é ajudar os estrangeiros que necessitem aprender a língua portuguesa para melhor se inserirem na sociedade e no mercado de trabalho.
Também foi criada, em agosto deste ano, a Câmara Técnica com o objetivo de apoiar os municípios de Mato Grosso do Sul quanto às questões relacionadas aos migrantes estrangeiros que por aqui chegam, como no caso dos haitianos.
Airton Raes - Secretaria de Estado de Saúde (SES)
Fotos: Sedhast