Campo Grande (MS) - Tradição de devoção que resiste há 147 anos, a Festa do Morro de Santa Cruz, em Corumbá, recebe este ano apoio da Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS). O evento – que faz parte do calendário cultural corumbaense – acontece neste sábado (13.5) no Parque de Exposição Belmiro Maciel de Barros.
De acordo com a prefeitura de Corumbá, a festa teve início em 1.870 com Maurício Alves de Arruda. Ao desbravar o Morro de Santa Cruz, encontrou uma cruz e ali depositou sua fé. A celebração é mantida até os dias atuais pelos seus descendentes.
“Quando Maurício subiu para desbravar o Morro, notou sinais de que outras pessoas já haviam passado por ali antes, provavelmente na época da Guerra do Paraguai. Lá em cima ele também encontrou uma cruz que, para muitos, era um sinal de morte. Mas ele não pensou assim. Era um sinal de vida, de união, da presença de Jesus. Foi então que ele deu o nome àquele lugar de Morro de Santa Cruz”, explica Luiz Alves de Arruda.
O evento conta com apoio da Fundação de Cultura, que pagará a apresentação do músico e compositor Marlon Maciel e está inserido no projeto de celebração de 40 anos de Mato Grosso do Sul.
Marlon Maciel começou sua carreira de acordeonista no grupo Uirapuru, onde permaneceu quatro anos. Em 1.993 fundou e atuou por onze anos no Canto da Terra, onde gravou sete álbuns, incluindo composições de autoria própria que marcaram muito esta caminhada, como “Sarandeio – É o Canto da Terra”, “Vaneira do Canto”, “Te Vejo Regressar”, “Uma Noite Sem Você”. Em 2004 lançou carreira solo, onde dá continuidade ao constante trabalho de criação que celebra as raízes musicais de Mato Grosso do Sul.
André Messias - Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS)
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