Institucional

  • 03/agosto/2016 3:18 pm
  • Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

PERFIL DE MATO GROSSO DO SUL

Mato Grosso do Sul está situado na região Centro-Oeste do Brasil, sendo limítrofe com o mais populoso centro consumidor e maior parque industrial da América Latina – São Paulo, Paraná e Minas Gerais – e os estados que detêm a maior produção de alimentos no Centro-Oeste. Mato Grosso do Sul é também um dos principais acessos ao Mercosul, fazendo fronteira com Bolívia e Paraguai, além de estar interligado por ferrovias, rodovias e através das hidrovias dos rios Paraná e Paraguai com a Argentina e o Uruguai. O Estado, por estar localizado no coração da América do Sul, é também o principal caminho das rotas bioceânicas, que liga a costa do Atlântico à costa do Pacífico.

 

Região Centro-Oeste
– Países e Estados que fazem fronteira Bolívia (NO), Paraguai (OS), GO (NE), MG (L), MT (N), PR (S) e SP (SE)
Mesorregiões  4
Microrregiões  11
Municípios  79
Capital  Campo Grande
Área  357.125 km²

 

População

2014 

2.713.147 hab.

 
Densidade  6,86 hab./km² (2010)

 

PIB 2015

 Total R$ 83.082.000.000,00
Per capita R$ 31.377,22 

 

IDH-2007 0,830 (7º) – elevado
Esperança de vida 74 anos
Mortalidade infantil 17,4/mil nasc.
Analfabetismo 8,1%
Fuso horário UTC-4
Clima Subtropical, tropical de altitude e tropical Cfa, Cwa, Aw

Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

 

 

GEOGRAFIA FÍSICA

GEOLOGIA E RELEVO
A estrutura geológica do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades visualizam-se dois conjuntos estruturais: o primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná. Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do Estado ficam entre 200 e 600m.

O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção Leste do Estado. Constitui a projeção do planalto Meridional, grande unidade de relevo que domina a região Sul do país. Apresenta extensas superfícies planas, com 400m a 1.000m de altitude. A baixada do rio Paraguai domina a região Oeste, com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas (ladeiras íngremes) e morrarias (série de morros).

Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes oscilam entre 100 e 200m. Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá.


CLIMA
Na maior parte do território do Estado predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 26°C na baixada do Paraguai e 23°C no planalto. A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No extremo meridional ocorre o clima tropical de altitude, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto. A média térmica é pouco superior a 20°C, com queda abaixo de 18°C no mês mais frio do ano.


VEGETAÇÃO
Os cerrados recobrem a maior parte do Estado. Na planície aluvial do Pantanal surge o chamado complexo do Pantanal, revestimento vegetal em que se combinam cerrados e campos, com predominância da vegetação de campos. Os campos, que constituem cinco por cento da vegetação do Estado, ocupam ainda uma pequena área na região de Campo Grande.


HIDROGRAFIA
O território Estadual é drenado pelos sistemas dos rios Paraná (principais afluentes: Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinheima), a Leste, e Paraguai (principal afluente: Miranda), a Oeste. Pelo Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada produzem-se anualmente inundações de longa duração.


POPULAÇÃO
As migrações de contingentes oriundos dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo foram fundamentais para o povoamento do Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia da região. Essa área era a mais povoada do antigo Estado do Mato Grosso, com uma densidade demográfica bastante alta no planalto da bacia do rio Paraná, onde ocorrem solos de terra roxa com topografia regular.

Ao ser constituído, no final da década de 1970, o Estado contava com uma densidade média de 3,9 habitantes por quilômetro quadrado. Alguns municípios chegavam a ter mais de cinqüenta habitantes por quilômetro quadrado, em contraste com o norte (atual Mato Grosso), praticamente vazio. Além da capital, as cidades principais são Dourados e Corumbá. Vivem no Estado vários grupos indígenas.


Migração e Imigração
O crescimento do Sul de Mato Grosso nas primeiras décadas do Séc. XX se deu pela implantação da ferrovia que facilitou o intercâmbio com outras cidades do Brasil. Pessoas e mercadorias circularam mais intensamente dinamizando a vida das localidades por onde os trilhos passavam. A ferrovia foi construída para o Oeste sob a alegação da guarnição das fronteiras internacionais com a Bolívia e com o Paraguai.

A construção da ferrovia teve duas forças de trabalho: uma iniciada em Bauru e outra em Corumbá com um grande número de trabalhadores, onde muitos deles acabaram ficando na cidade.

Os japoneses atuaram na construção da ferrovia tendo a opção de permanecer no local, dando um grande passo para a colonização no sul de Mato Grosso. O grupo de japoneses que chega com os trilhos são oriundos, na maioria, da ilha de Okinawa, ao Sul do Japão. Tem como característica o tom da pele mais escuro e elementos culturais específicos. A obra foi concluída em 1914.

A formação das cidades na capitania de Mato Grosso, depois, província, teve como estímulo: a descoberta do ouro e a defesa territorial. Já no atual Mato Grosso do Sul, onde não há a ocorrência de jazidas auríferas, a ocupação foi realizada devido a interesses estratégico-militares.

A consolidação da região de forma articulada a uma base econômica expressiva aconteceu após a Guerra do Paraguai em função da erva-mate e da dinamização da pecuária tradicional.

Presente no Estado de Mato Grosso do Sul desde o primórdio, a migração das mais diversas regiões do país contribuiu para o seu desenvolvimento e com as características culturais do povo deste Estado.

Os mineiros vindos da região de Uberaba chegaram à região em busca de negócios, pois eles tinham papel importante com a atividade da pecuária, além de ter familiaridade em semear povoados e interesses comerciais.

Em Paranaíba, cujos domínios se estendiam até o Rio Paraná, foi frequente a presença de paulistas especialmente os da Vila Franca de Imperador e Botucatu.

Pela fronteira paraguaia, chegaram ao Sul de Mato Grosso, na década de 1890, os gaúchos que se refugiaram das turbulências políticas que aconteciam em Rio Grande do Sul.

O surgimento dos mascates, quem garantia a distribuição de mercadorias promovendo o comércio, fez abrir portas para os imigrantes que chegavam descapitalizados, em busca de oportunidades. Em Corumbá, vieram muitos turcos, sírios e libaneses que consolidaram negócios na região.

Com o tempo a base comercial, outrora sediada em Corumbá, transfere-se aos poucos para a capital, Campo Grande, com contribuição da visão estratégica dos árabes.

No censo demográfico de 1920, os estrangeiros representavam apenas 9,12% da população, entretanto eles contribuíram para uma influência decisiva na vida das cidades do Estado. Os japoneses porque participavam da construção da ferrovia, fatos primordiais da identidade campo-grandense, e os árabes porque lhe agregaram uma nova função, que passa a ser um de seus traços, o de centro do comércio regional.

A estes seguem os portugueses, italianos e espanhóis que vieram em busca de oportunidades. Chegam também os armênios e palestinos, além de paraguaios e bolivianos que, dada a proximidade com seus países de origem, tinham aqui uma oportunidade para emigrar. Cada grupo contribuindo do seu jeito com suas características para a diversidade e riqueza cultural do Estado de Mato Grosso do Sul.


ECONOMIA
As principais fontes econômicas do Estado são agricultura e pecuária. A área econômica que mais se destaca do Estado de Mato Grosso do Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nesta região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores do Sudeste estão mais próximos.

A maior produção agropecuária concentra-se na região de Dourados desenvolvendo-se uma agricultura diversificada, com culturas de soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. Nos campos limpos, pratica-se a pecuária de corte, com numeroso rebanho bovino, e os suínos assumem importância nas áreas agrícolas. No pantanal, a Oeste, estão as melhores pastagens do Estado.


ENERGIA E MINERAÇÃO
A maior parte da energia consumida no Estado é produzida pela hidrelétrica de Jupiá, instalada no rio Paraná, no Estado de São Paulo. As indústrias do Mato Grosso do Sul são responsáveis por 20% desse consumo.

Importantes jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho são encontradas no Estado. Uma das maiores jazidas mundiais de ferro é a do monte Urucum, situado no município de Corumbá. De modo geral, o solo tem boas propriedades físicas, mas propriedades químicas fracas, o que exige a correção de cerca de 40% da área total com o emprego de calcário.


INDÚSTRIA
A principal atividade industrial do Mato Grosso do Sul é a produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de minerais não-metálicos e da indústria de madeira. Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro na capital. Até antes do desmembramento, toda a carne produzida no Mato Grosso era beneficiada no atual Mato Grosso do Sul. Corumbá é o maior núcleo industrial do Centro-Oeste, com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de cereais e uma siderúrgica que trata o minério de Urucum.


TRANSPORTE E COMÉRCIO
O Estado é servido por uma única linha ferroviária, que corta o Mato Grosso do Sul, da divisa com São Paulo, em Três Lagoas, até Santa Cruz, na Bolívia. A mesma linha serve as cidades de Campo Grande, Aquidauana e Corumbá, com um ramal em direção a Ponta Porã.

O principal eixo rodoviário é o que liga Campo Grande a Porto Quinze de Novembro, no rio Paraná, e a Ourinhos SP. O sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. O principal porto é o de Corumbá, ao qual seguem-se os de Ladário, Porto Esperança e Porto Murtinho, todos no rio Paraguai.

O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o Estado. A região do pantanal mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo interessados em conhecer a beleza natural na região.

 

Utilizamos cookies para permitir uma melhor experiência em nosso website e para nos ajudar a compreender quais informações são mais úteis e relevantes para você. Por isso é importante que você concorde com a política de uso de cookies deste site.