Campo Grande (MS) - A Polícia Militar Ambiental (PMA) realiza até 14 de dezembro de 2017, o VII curso de Taxidermia (empalhar) de Animais Silvestres e Educação Ambiental, em Ladário. Na terça-feira (5.12) ocorreram as aulas teóricas sobre taxidermia e, ontem (6.12), teve início as aulas práticas em répteis, mamíferos, aves e peixes, que acontecerão até o final do curso.
A única exceção às aulas práticas, será no último dia, em que é realizada uma disciplina com 20h/aulas de Educação Ambiental, quando há discussões sobre Educação Ambiental no Brasil e sobre a aplicação e andamento das Leis das Políticas Estaduais sobre o tema. Aliás, este é o principal objetivo do curso, pois durante a disciplina os participantes de cada Estado apresentam os projetos de Educação Ambiental que são desenvolvidos pelas PMAs dos seus estados, visando a possível adaptação de trabalhos que um estado está desenvolvendo, para serem aplicados em outros.
Já a formação em Taxidermia visa a preparar os policiais para aproveitamento de animais atropelados, ou que morrem nos Centros de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), fazendo taxidermia e utilizando em oficinas de educação ambiental, em especial em escolas públicas e privadas, para discutir os problemas relacionados à fauna.
Local
O curso aconteceu nos três últimos anos na fazenda Green Farm CO2 Free, em Itaquiraí. Em 2017 o evento é no hotel pesqueiro Anzol de Ouro, em Ladário.
Neste ano participam 30 pessoas; além dos PMAs de MS também marcam presença os de mais 12 estados: Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, Amazonas, Pará e Rondônia.
Também participam pessoas de instituições parceiras da PMA nos trabalhos de Educação Ambiental: um técnico de laboratório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), de Corumbá, um funcionário da empresa Caimasul (criação de jacarés) e a diretora do Instituto das Águas da Bodoquena (IASB).
Durante o VI curso ocorrido no ano passado foram confeccionados 52 animais silvestres, que atualmente compõem os trabalhos de Educação Ambiental da PMA. O curso é ministrado pelos policiais ambientais (taxidermistas) CB PM Vilson e SGT PM Celso, além do tenente coronel Queiroz (doutor em Ecologia).
Museu de Educação Ambiental da PMA de Corumbá
Os animais taxidermizados (empalhados) neste ano, inclusive, um tatu-canastra de 30 kg vítima de atropelamento em Bataguassu, irão constituir o museu de Educação Ambiental da 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Corumbá, que será inaugurado durante a solenidade de encerramento do curso no dia 14 de dezembro.
A Taxidermia Aplicada à Educação Ambiental
A ideia desse tipo de trabalho de taxidermia é montar museus itinerantes de Educação Ambiental para se ter um atrativo às crianças e adolescentes para discutir as razões que levaram àqueles animais a estarem mortos e não na natureza. Trata-se de uma forma bastante didática, que tem fundamentado e tornado os trabalhos na área de Educação da Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul extremamente requisitados, até porque, o museu de fauna itinerante é somente uma das oficinas utilizadas.
Os trabalhos envolvem ainda oficina de reciclagem (discute sobre resíduos sólidos), do ciclo da água (trata a respeito dos recursos hídricos), a casinha da energia (debate sobre energias e seus impactos, bem como energias renováveis e limpas), plantio de mudas nativas (aborda desmatamento, assoreamento, importância da flora etc.), além do teatro de fantoches, em metodologia que permite ao atendido ter a noção de que o ambiente é um sistema complexo e, cada ente afetado, pode causar uma reação em cadeia, prejudicando todo esse complexo e, enfim, o homem nessa cadeia.
Além disso, cada oficina tem um panfleto com informações básicas, que são distribuídos aos professores, para que deem continuidade aos temas. Ou seja, a Educação Ambiental não-formal incentivando o desenvolvimento da formal.
Texto e fotos: Polícia Militar Ambiental (PMA)