A Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), por meio da Superintendência de Economia Criativa de Mato Grosso do Sul, promoveu na terça-feira (25) a Oficina de Planejamento Estratégico em Economia Criativa - Saberes Indígenas.
O evento, realizado no Sebrae-MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso do Sul), teve como objetivo auxiliar a organização da economia criativa para comunidades de mulheres indígenas em contexto urbano, em Campo Grande.
A iniciativa foi uma resposta à solicitação do Coletivo de Mulheres Indígenas em Contexto Urbano da capital, que buscou a Superintendência para apoio nessa organização. Marcelo Ferreira Miranda, titular Setesc, enfatizou a missão da secretaria em apoiar e fomentar a economia criativa em todas as suas formas.
“As mulheres indígenas possuem uma rica herança cultural que deve ser valorizada e fortalecida. Através de oficinas como esta, proporcionamos as ferramentas necessárias para que elas possam prosperar e contribuir ainda mais para a diversidade cultural e econômica do nosso estado”.
Décio Coutinho, superintendente de Economia Criativa, explicou que a proposta do evento era fortalecer a economia criativa entre as mulheres indígenas urbanas de Campo Grande.
“O coletivo nos procurou e propusemos a Oficina de Planejamento Estratégico para que elas possam organizar melhor seus trabalhos e alcançar melhores resultados. Muitas trabalham com artesanato, mas também atuam na gastronomia, moda e outros setores. A Superintendência pode ajudar na profissionalização e organização do grupo, colaborando na elaboração de um plano conjunto que resultará em um documento para melhor organização”.
Consultor de Inovação e Mercado do Sebrae-MS e responsável por ministrar a oficina, Fábio Lapoente destacou que o objetivo era desenhar oportunidades de negócios para os povos originários de Campo Grande, agregando valor aos seus trabalhos.
“A economia criativa envolve fazeres tradicionais dos indígenas em Mato Grosso do Sul. Queremos que busquem alternativas de geração de renda por meio de feiras e outros eventos que atraiam público e divulguem sua arte e gastronomia”.
O Sebrae oferece diversas capacitações para a profissionalização de empreendedores. “A capacitação de hoje é para que elas possam se organizar e materializar suas ideias em um plano concreto. Isso facilita alcançar os objetivos propostos, em vez de manter tudo no campo das ideias. O Sebrae está aqui para ajudar a materializar oportunidades e alcançar resultados palpáveis”, afirmou Lapoente.
Silvana Dias de Souza de Albuquerque, conhecida como Silvana Terena, da Aldeia Marçal de Souza, faz parte do Coletivo de Mulheres Indígenas em Contexto Urbano. Ela valorizou o apoio da Setesc para fortalecer a produção artesanal das mulheres indígenas.
“Nos organizamos para dar voz às mulheres artesãs, muitas de nós complementam a renda dos nossos maridos. O apoio da Secretaria de Cultura e do Sebrae é essencial para qualificar nossa produção, melhorar o design e incrementar nossas vendas”.
Benilda Vergílio, ou Benilda Kadiwéu, trabalha na Subsecretaria de Políticas Públicas para os Povos Originários e busca, com o empreendedorismo, uma renda extra. Ela espera que as mulheres indígenas consigam mais organização em seus trabalhos.
“Trabalho com telas, exposições e oficinas para crianças, ensinando sobre a cultura do Pantanal e a importância do grafismo. Espero que outras mulheres e meninas também obtenham renda extra e organização com o apoio do Sebrae, que vem para estruturar e documentar as ideias das mulheres indígenas”.
Karina Lima, Comunicação Setesc
Fotos: Daniel Reino/Setesc